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Saldo natural negativo no país agravou-se em todas as regiões

Foto Shutterstock
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"Em 2021, nasceram com vida 79.582 crianças de mães residentes em Portugal. Este valor traduz um decréscimo de 5,9% (menos 4.948 nados-vivos) relativamente ao ano anterior" e "registaram-se 124.802 óbitos de pessoas residentes em território nacional, mais 1,2% (mais 1.444) do que em 2020", noticia hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Desse modo, "o aumento do número de óbitos e o decréscimo do número de nados-vivos determinaram novamente um forte agravamento do saldo natural, de -38.828 em 2020 para -45.220 em 2021", que abrangeu todas as regiões.

Diz o INE que "a natalidade diminuiu em todas as regiões do país, em particular no Norte (-7,6%) e na Região Autónoma da Madeira (-6,2%). Nas restantes regiões, a descida foi inferior ao valor nacional (-5,9%), tendo o Alentejo e a Região Autónoma dos Açores registado os menores decréscimos (-2,2% e -2,9% respetivamente)".

Quanto aos óbitos, "em 2021, a mortalidade aumentou em todas as regiões, com excepção do Norte e da Região Autónoma dos Açores que registaram reduções de 7,3% e de 3,0%, respetivamente. O maior aumento registou-se no Algarve (+8,5%), seguido pela Área Metropolitana de Lisboa (+6,5%) e pela Região Autónoma da Madeira (+6,0%)". Ou seja, a Madeira está em segundo na quebra da natalidade e em terceiro no aumento da mortalidade.

Assim, no ano passado, "todas as regiões NUTS II registaram novamente um saldo natural negativo. A região Centro foi aquela onde se verificou o saldo natural negativo mais acentuado (-16.664) e a Região Autónoma dos Açores registou o valor menos negativo (-332)".

E ainda conclui: "Após a forte quebra no número de casamentos celebrados em 2020 (18.902; menos 43,2% do que em 2019), o número de casamentos celebrados em 2021 aumentou para 29.057 (mais 53,7%). Em cerca de dois terços dos casamentos (66,2%), os nubentes possuíam residência anterior comum".