Santander Totta reduziu 84 trabalhadores no 1.º trimestre
O Santander Totta reduziu 84 trabalhadores e fechou quatro agências no primeiro trimestre deste ano, segundo os resultados do banco hoje divulgados.
Em 2021, o banco levou a cabo um processo de reestruturação em que reduziu 1.175 trabalhadores, o que motivou várias manifestações de bancários frente às suas instalações e processos em tribunal.
A maior parte dos trabalhadores saíram por acordo (rescisão por mútuo acordo ou reforma antecipada ou pré-reformas) e houve o despedimento coletivo de 49 funcionários.
Quanto às agências, em 2021, o Santander Totta reduziu 79, sendo 348 as sucursais no final de 2021.
Em fevereiro, o presidente executivo do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, disse que o banco teve um custo de 260 milhões de euros em 2021 com a reestruturação (a grande maioria do montante para cobrir as indemnizações com as saídas de trabalhadores, mas que também inclui gastos em investimentos tecnológicos).
Sobre o futuro, o gestor disse que o banco decidiu fazer a reestruturação toda de uma vez, pois é difícil motivar equipas numa empresa constantemente em reestruturação, pelo que nos próximos anos a expectativa é que a saída de funcionários seja normalizada e haja saídas naturais de uma centena de pessoas.
Já no primeiro trimestre deste ano (comparando dados de finais de Março com finais de dezembro de 2021), o Santander reduziu o quadro de funcionários em 84 pessoas (sendo 4.721 no final de Março) e fechou quatro agências (sendo 344 em Março).
O Santander Totta divulgou hoje lucros de 155,4 milhões de euros no primeiro trimestre, quatro vezes mais do que os 34,2 milhões de euros do mesmo período de 2021.
O banco explica que, no primeiro trimestre do ano passado, tinham sido registados custos extraordinários de 164,5 milhões de euros (líquidos de impostos) com o plano de reestruturação, o que teve impacto nos lucros de então.
O Santander Totta é detido pelo grupo espanhol Santander, que apresentou hoje um lucro consolidado de 2.543 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 58% do que entre Janeiro e Março de 2021, quando foi registado um encargo de 530 milhões de custos de reestruturação.