Os “objetivos claros e nobres” de Putin
Putin afirmou recentemente que prosseguirá a invasão da Ucrânia até atingir o que considera “objetivos claros e nobres”, entre eles uma pseudo-desnazificação, mesmo sabendo-se que o presidente da Ucrânia V. Zelensky é judeu, o seu bisavô paterno e 3 irmãos deste foram assassinados durante o Holocausto. Artem Severiukhin (AS) jovem piloto russo de 15 anos ao vencer uma recente prova do Campeonato Europeu de Karting celebrou a vitória fazendo a saudação nazi, o que leva a questionar se Putin não deveria começar pela desnazificação do seu próprio país, em vez de imitar o expansionismo militarista nazi ao invadir a Ucrânia. Comportamento idêntico e condenável é o alardeado pelo presidente do Chega em reuniões do seu partido, bem como os recentes tiques de culto de personalidade ao encher com fotos suas as paredes dos seus gabinetes na AR seguindo o exemplo de ditadores e ao alinhar pelo mesmo registo político de admiradores confessos de Putin como Le Pen, Bolsonaro, Orban e Trump que, mais do que aceitar e respeitar a democracia, procuram é servir-se dela na medida em que lhes permita alcançar o poder. Depois de o alcançarem deitam mão de todas as manigâncias possíveis e imaginárias para torná-lo o mais absoluto possível, cerceando a democracia quando não destruindo-a, tal como as ditaduras comunistas desde sempre apoiadas pelo PCP. Para mais rapidamente atingir os seus objetivos “claros e nobres” de destruição da Ucrânia, violando e chacinando a sua população, Putin colocou agora a comandar a invasão o “Carniceiro da Síria”, general especialista na destruição maciça de alvos civis e com bastas provas dadas na Tchetchênia e na Síria. Se os objetivos de Putin são claros, pois não há qualquer dúvida que pretende pela força das armas subjugar e saquear a Ucrânia, nobres é que não são, a menos que se considerem também nobres os objetivos de Hitler que provocaram o enorme horror e destruição da 2ª Grande Guerra.
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