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Incontornável

Há quem já vaticine a falência do Estado russo mas antes de tal acontecer acredito que este demente cumprirá a sua missão suicida

Impõe-se, hoje, homenagear os 48 anos da Revolução dos Cravos e capitães de Abril, uma efeméride que derrubou a ditadura mais antiga da Europa e ofereceu a liberdade aos portugueses, proclamando a democracia em Portugal e na Madeira, parte integrante do território português. Uns quantos desmiolados de tendência separatista, por retaliações mesquinhas, tentam apagar a data histórica do 25 Abril de 74 e comemorar o 25 de Novembro de 75 esquecendo que sem a primeira, a segunda nunca teria acontecido. A bandeira das quinas cobre a nossa pátria e por muito que alguns acérrimos bairristas interesseiros lhes custe aceitar, cobre também as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

O conflito

Para quem opina é impossível contornar o crime mais hediondo que está a ser praticado sobre o povo ucraniano. Como é permitido a um governante de qualquer país matar indiscriminadamente seres humanos num mundo em que até os animais têm direitos? Se alguém mata outro é julgado e condenado, então como é permitido a um demente matar tanta gente? Por muito que Putin tente álibis para justificar-se, é ele e os seus soldados bárbaros os únicos culpados pelo derramamento de sangue inocente, pois foi ele que iniciou a invasão. Este novo Hitler já se permite ameaçar a Suécia e a Finlândia se entrarem na NATO e até os Estados Unidos por fornecimento de armamento. As suas loucas ameaças estão a empurrar o Mundo para o colapso total, pois, face ao arsenal bélico existente, não restará pedra sobre pedra para edificar um memorial. Quem se julga este insano? Rasputin, o monge louco? Este abominável e arrogante ditador até tem o desplante de desafiar o mundo com os seus novos brinquedos de guerra, os misseis “sarmat” mas esquece que outros países também possuem armas nucleares que a serem usadas ficará só ele, sobre os escombros, arvorando a bandeira da Rússia. A guerra das armas não está a surtir efeito, acredito que só a guerra económica poderá pôr fim ao conflito, para isso todos os países terão de praticar um forte boicote e isolar a Rússia economicamente. Se Putin ganhar esta guerra por força das armas, será uma ameaça permanente para o resto do Mundo. Há quem já vaticine a falência do Estado russo mas antes de tal acontecer acredito que este demente cumprirá a sua missão suicida.

Na entrevista do jornalista e realizador norte americano, Oliver Stone, a Putin, na RTP3, acabamos por perceber que desde 2017 o grande objetivo do “novo Czar da Rússia” era, um dia, invadir a Ucrânia e travar a expansão da NATO para os países de leste, porém isso não é justificação para invadir um país soberano que é livre de tomar as opções geopolíticas que entender. Se, ao Kremlin, incomoda tanto a NATO apenas lhe resta negociar ou aderir à Organização mas nunca impor a sua vontade e provocar uma sangrenta guerra que ele sabe que mesmo conseguindo tomar Kiev nada ganhará em usurpar um país destruído. A perspicácia, a frieza deste praticante de hóquei no gelo e mestre em judo, com falinhas mansas e olhar assassino, tenta condicionar a entrevista e convencer o Mundo que só ele ( e o PCP) está certo e todos os outros errados.

Esta estúpida guerra sem sentido veio provar, uma vez mais, ao Mundo que o homem nunca esteve nem está preparado para deter poder, seja bélico ou económico, pois acaba sempre por usa-lo mal, guerras, corrupção, usurpação, anexação, genocídio, toda uma panóplia de horrores que demonstra a besta que há em cada ser humano.

O Orçamento de Estado

Como sempre, não agrada a ninguém, nem a trabalhadores nem aos patrões nem aos sindicatos e o próprio 1º Ministro dá a entender que em tempo de paz haveria outras prioridades todavia terá que geri-lo em tempo de crise pandémica associado a um cenário de guerra de consequências imprevisíveis a curto e a longo prazo. Penso que as prioridades passarão por travar a corrupção e controlar a inflação de agentes económicos sem escrúpulos, pois os portugueses concederam-lhe uma maioria absoluta que lhe permite pulso livre para tal.

A demagogia

Por cá, Miguel Albuquerque não perde uma oportunidade para ostentar a sua arrogância, ora afirmando que até poderia avançar para a liderança do PSD nacional, ora desfraldando a bandeira da independência que lhe faz tanto jeito para conquistar o voto dos incautos. Prevalece a política da mentira do cinismo, da demagogia o que enfraquece a nobre causa da política, desacredita os agentes políticos e afasta o eleitor das mesas de voto.