Turismo mundial vai crescer quase 6% ao ano na próxima década
O turismo mundial vai crescer quase 6% ao ano e criar 126 milhões de empregos durante a próxima década, no âmbito da recuperação face ao impacto da pandemia de covid-19, segundo previsões do Conselho Mundial de Turismo (WTTC).
Em comunicado, o WTTC (do inglês World Travel and Tourism Council) - que realizou sua reunião anual em Manila entre as passadas quarta e sexta-feira - avança que o turismo será responsável pela criação de um em cada três empregos no mundo na próxima década e superará em muito a taxa de crescimento de 2,7% esperada para a economia mundial.
Segundo a entidade, que representa o setor privado do turismo a nível mundial, a contribuição do turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) global deverá aumentar 43,7% até ao final de 2022, o que significaria 8,5% do PIB.
Durante a cerimónia de abertura do encontro, a presidente do WTTC, Julia Simpson, destacou a resiliência e a recuperação do setor, que conseguiu resistir ao violento impacto da pandemia, cujas restrições à circulação de pessoas destruíram milhões de empregos no turismo.
"É importante que os governos continuem a trabalhar com as empresas para que a indústria recupere totalmente", disse Simpson, lembrando os 9.600 milhões de dólares (cerca de 8.890 milhões de euros) com que o turismo contribuiu para a economia mundial ainda em 2020, o primeiro ano da pandemia, representando 10 % da atividade económica global.
"Estamos a recuperar terreno e até 2023 atingiremos os mesmos níveis de crescimento de 2019", congratulou-se a presidente do WTTC, apelando aos governos para que acelerem a reabertura das fronteiras de forma impulsionar as economias nacionais e a criação de emprego.
Na sua intervenção, Simpson incentivou ainda as autoridades nacionais a integrarem digitalmente o estado de saúde das pessoas na respetiva documentação de viagem, apontando o certificado digital implementado pela União Europeia como "um bom exemplo": "É essencial padronizar procedimentos para facilitar o trânsito de viajantes globalmente", sustentou.