Portugal continental mantém concentrações de pólen muito elevadas
Ao contrário das ilhas, segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
Todas as regiões do continente vão manter, pelo menos até quinta-feira, concentrações muito elevadas de pólen na atmosfera, segundo o boletim polínico, divulgado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).
"Dada a franca floração e polinização das plantas, nesta altura do ano, esperam-se concentrações elevadas a muito elevadas de pólen na atmosfera das regiões do Continente", refere o SPAIC.
Contudo, está prevista uma redução dos níveis de pólen no ar devido à ocorrência de chuva para praticamente toda a semana e em todo o país, segundo o SPAIC,
De acordo com as previsões até quinta-feira (dia 28), no Porto (região de Entre Douro e Minho), os pólenes encontram-se em níveis elevados, com predomínio dos pólenes das árvores carvalhos, pinheiro e bétula, e da erva urtiga, seguidos pelos pólenes das ervas parietária e gramíneas.
Já em Vila Real (região de Trás-Os-Montes e Alto Douro), os pólenes estão também com níveis elevados, predominando os pólenes das árvores carvalhos, pinheiro e bétula, ervas gramíneas e parietária.
Também em Coimbra (região da Beira Litoral), os pólenes encontram-se em níveis elevados, com predomínio dos pólenes da árvore carvalho e da erva urtiga, árvore pinheiro e da erva parietária.
Na Beira Interior os pólenes encontram-se também em níveis muito elevados, destacando-se os pólenes das árvores azinheira e outros carvalhos e da erva urtiga, ervas tanchagem e gramíneas e da árvore pinheiro.
O boletim prevê também níveis muito elevados na região de Lisboa e Setúbal, com predomínio dos pólenes das árvores carvalho, oliveira e da erva urtiga, ervas parietária, gramíneas e quenopódio e da árvore pinheiro.
Na região do Alentejo, o SPAIC destaca os pólenes da azinheira e da erva urtiga, seguidos pelos pólenes das ervas tanchagem, parietária e gramíneas.
Em Faro (região do Algarve), também com níveis muito elevados, predominam os pólenes das árvores oliveira, azinheira e outros carvalhos e da erva urtiga, ervas tanchagem, gramíneas e quenopódio e da árvore pinheiro.
Para os Arquipélagos dos Açores e da Madeira esperam-se baixos níveis de pólen na atmosfera.
Segundo a SPAIC, devem evitar-se as atividades ao ar livre quando as concentrações polínicas forem elevadas.
"Passeios no jardim, cortar a relva, campismo ou a prática de desporto na rua, irão aumentar a exposição aos pólenes e o risco para as alergias", acrescenta.
A SPAIC considera ainda que a medicação será a forma mais eficaz de combater os sintomas de alergia, aconselha a consulta de um médico especialista de imunoalergologia para o diagnóstico correto e prescrição da medicação mais adequada e alerta que a prevenção "poderá passar pela realização de vacinas anti-alérgicas".
O boletim polínico divulga todas as semanas os níveis de pólenes existentes na atmosfera, recolhidos através da leitura de postos em várias regiões do país.