Carta da saudade
Porque a democracia anda não cumpriu o seu objetivo, até que CHEGA o dia que isto estoira! Nos anos 60: Portugal era um país maioritariamente rural. Não nos tínhamos convertido ainda nos escravos dos serviços, nem tínhamos ainda entregue a nossa economia (nem o Império) a terceiros. A nossa Tradição católica, onde a moral regula o agir, impedia a modernização louca. Essa era a realidade da restante Europa, dilacerada por 2 Grandes Guerras ou conflitos internos. Em Portugal, Nossa Senhora e os seus princípios de paz e harmonia, preservaram os povos lusos da guerra, da destruição, ainda que o governo maçónico republicano tenha enviado alguns à morte (1917) e as inaceitáveis e condenáveis guerras coloniais. O facto de termos sido um país rural é hoje olhado com desdém. Fizeram o humilde povo acreditar que com a revolução do 25 de Abril, com a liberdade seriam todos ricos; puro engano, Os oportunistas continuaram a sustentar a sua riqueza muito à custa da ingenuidade do povo que continua a manter essa ingenuidade como sustento da sua própria miséria. Nunca a liberdade condicionou e proibiu tanto os cidadãos, convertendo-os em autênticos escravos dum sistema.
Na ânsia de ter de tudo o que a sociedade tem para oferecer eis que surge:
O escravo moderno, entalado até ao pescoço, vê na simplicidade do campo, na propriedade privada, nos meios de produção próprios e na família um sinal de atraso.
Assim nos fazem acreditar e principalmente os meios de comunicação controlados pelas máquinas do regime «democrático» nôa querendo regressar a era das cavernas!.
O que é moderno é dever ao banco, pagar impostos, imprescindível ter carro se possível sempre atualizado, morar numa casota por vezes cheia de coisas desnecessárias, ter um smartfone de última geração para não se sentir desatualizado, comer o que é sintético, pagar para correr numa passadeira, não deter meios de produção, nem propriedade privada, uma educação manipulada aos interesses instalados, ver séries e filmes degenerados, consumir futebol, Big brothers e outras estupidezes que atrofiam a mente dos seres pensantes, e claro, defender o ambiente de nós próprios, do nosso consumo e da nossa incapacidade produtiva.
Isso é ser moderno. Isto significa apenas: Que o ser moderno é não ter nada, mas ser feliz. Não é em 2030, é já hoje, que múltiplas gerações educadas a não ser nada, nem ninguém, julgam o passado dos simples que não só eram alguém, que na sua simplicidade e capacidade de sacrifico ajudaram muitos a se formarem, quando afinal como o mais pobre tinha mais que o mais rico: uma pátria, uma nação, Deus e a Família. A revolução industrial seguida da sociedade de consumo, deteriorou aquilo que era a essência duma sociedade equilibrada, transformou as pessoas em meros objetos de consumo, títeres e os meios de comunicação serviram para moldar aquilo que é hoje uma sociedade egoísta, hipócrita e mentirosa, e mais desigual do que nunca. Quando CHEGA o dia em que o trabalho seja valorizado e dignificado em vez de castigado com impostos, pelo atual regime.
Temos de ter a coragem de resgatar os valores da sociedade, restaurar a democracia e restituir a autêntica libertação dos seres humanos para que voltem a pensar livremente por sua própria cabeça, e reconquistarem a verdadeira felicidade. Será que o simples povo português ainda CHEGA a tempo? Não querendo ser saudosista, mas a luta pela liberdade continua. Quando o computador plantar batatas e o smartphone puser ovos estará tudo concluído numa sociedade moderna?
A.J. Ferreira