“A Demografia impacta de forma marcante a estratégia de futuro para a Região”
A estrutura local da JSD Funchal, através do núcleo de freguesia da JSD-São Pedro organizou, no final de tarde de ontem, acerca da problemática da demografia na RAM - Tendências Demográficas da RAM”, tendo como orador o diretor regional de estatística da Madeira, Paulo Vieira.
Os últimos censos revelaram que há, no País inteiro, um problema estrutural relativo à natalidade e aos indicadores de envelhecimento que, a prazo, pode vir a tornar-se uma dor de cabeça nos vários sectores da economia regional e, especialmente, nacional. “Não deixa de ser preocupante não só que o ano com mais população foi já há 60 anos (1950), como também, que hoje exista no concelho de funchal um índice de envelhecimento de 180 idosos para 100 jovens pelo que a democracia impacta de forma marcante a estratégia de futuro para a Região.”, refere a estrutura local da JSD.
Uma das matérias trabalhadas na sessão de formação dos jovens social-democratas, foi a necessidade de adequar as políticas urbanísticas e de planeamento da cidade aos indicadores sociais recolhidos em sede de censos 2021. “As análises estatísticas como os censos são fundamentais para o conhecimento da nossa população e o reconhecimento de que as políticas desenvolvidas no âmbito da Autonomia são positivamente diferenciadoras causando, à nossa escala, melhorias significativas na qualidade de vida oferecidas pela nossa cidade” referem os jovens social-democratas que apontaram ainda a necessidade utilizar estes dados para o planeamento das respostas locais.
Os jovens social-democratas referem ainda que as muitos dos actuais problemas demográficos estão intimamente relacionados com a falta de produtividade por trabalhador, relativamente a outros países da União Europeia, “cenário este que nos deixa numa posição ainda mais vulnerável”, referindo que “enquanto a sociedade portuguesa não perceber que baixas remunerações não estimulam nem qualidade de vida, nem a produtividade, o aumento de produtividade será uma miragem e a possibilidade de crescimento económico muito mais diminuta.
Para os jovens social-democratas podemos medir a dimensão das eventuais assimetrias sociais em números, mas devemos, também, olhar para eles e tentar perceber o que eles revelam acerca das famílias. “A questão da baixa natalidade, naturalmente, não pode ser resolvida sem elas, como também não podemos resolver as necessidades de orçamento líquido das famílias sem ouvir os empresários, empregadores e aqueles que tentam criar valor acrescentado na Região, uma vez que numa pequena comunidade estamos todos ligados pelo que o que uns a montante fazem, tem impactos a jusante” concluem assim os jovens laranjas.