Desemprego na RAM desce pelo 12.º mês consecutivo
No mês de Março de 2022 inscreveram-se 879 novos desempregados na Região
No final de Março de 2022 estavam inscritos no IEM 14.056 desempregados, o que corresponde a uma diminuição de 387 inscritos face ao mês anterior, numa variação de -2,7%, refere o boletim informativo enviado pela Secretaria Regional de Inclusão Social e Cidadania.
Esta descida é mais significativa do que as registadas nos meses de Janeiro e Fevereiro, indiciando já o efeito do emprego sazonal no desemprego registado.
Comparativamente a Março de 2021, contam-se menos 6.372 desempregados na Região, o que corresponde a um decréscimo de 31,2%.
Todas as regiões registam descidas moderadas face ao mês anterior com a exceção do Algarve (-19,7%). A RAM apresenta uma descida mais acentuada do que as regiões do Alentejo (-2,6%) e dos Açores (-0,6%).
Também comparativamente ao mês homólogo, todas as regiões registam descidas. A RAM destaca-se como tendo a segunda descida mais acentuada de entre todas as regiões atrás apenas do Algarve (-44,4%) e bem mais significativa do que quando comparado com a média nacional (-24,6%). A região dos Açores apresenta a diminuição mais reduzida (-9,3%).
Ao longo do mês de Março de 2022 inscreveram-se 879 novos desempregados na Região, nível significativamente inferior ao mês anterior (-6,7%) e ao mês homólogo (-18,5%), prosseguindo com a tendência de redução do número de novas inscrições que se verifica desde o início de 2021.
A Madeira é a única região do país que regista uma diminuição no número de novos desempregados face ao mês anterior, com a média nacional a situar-se nos +13,8%. A região do Alentejo é a que apresenta o pior registo (+24,8%), refere o boletim informativo.
No que diz respeito a termos homólogos, a Madeira destaca-se das restantes regiões, pois tem uma descida mais acentuada.
Ofertas de emprego triplicaram na Região
A região destaca-se também nas ofertas de emprego, quase triplicando o valor homólogo (+188,4%), registo que, tal como o do Algarve, é muito superior à média nacional (+21,9%).
Registam-se diminuições acentuadas do número de inscritos comparativamente ao mês homólogo nos 3 setores de atcividade económica. O sector da Agricultura, pecuária, caça, silvicultura e pesca decresceu 13,3%, o sector da Indústria, energia, e água e construção reduziu-se em 30,7% e os Serviços 32,2%.
O peso relativo do sector dos Serviços diminuiu ligeiramente, agregando no final de Março 82,3% dos que procuram um novo emprego. O Alojamento, restauração e similares é a área que mais contribui para o desemprego registado no mês de Março (2.510 desempregados), seguindo-se-lhe a área do Comércio por grosso e a retalho (2.231). Ambas as áreas registam diminuições homólogas acentuadas (-46,3% e -27,0%, respetivamente) e reduções, ainda que menos significativas, face ao mês anterior (-4,9% e -0,3%).
No mês de Março o desemprego masculino diminuiu 3,0% (-195 desempregados), e o desemprego feminino diminuiu 2,4% (-192 desempregados). No final do mês contam-se 6.242 (44,4%) homens e 7.814 (55,6%) mulheres.
A nível da distribuição do número de desempregados por concelhos, salienta-se que no mês de Março todos os concelhos reduziram o número de inscritos, com exceção da Ponta do Sol (+1,5%). A este respeito o concelho do Porto Santo destaca-se com uma diminuição de 20,9% face ao mês anterior, com maior vigor no setor do alojamento e restauração, testemunhando o efeito sazonal do emprego.
O desemprego de longa duração diminuiu em 3,0% em Março de 2022, um ritmo ligeiramente superior ao valor global do desemprego, contribuindo para uma redução homóloga de 18,4%.
Face ao mês anterior, regista-se um menor número de candidatos, quer ao primeiro emprego (-66 inscritos), quer a novo emprego (-321).
O desemprego jovem (menos de 25 anos) regista um decréscimo, acompanhando a tendência global do desemprego registado. No final de março os 1.577 jovens inscritos representam um peso relativo ligeiramente acima dos 11% do total do desemprego registado. O desemprego neste grupo apresenta descidas proporcionais mais elevadas do que as verificadas no desemprego global, quer face ao mês homólogo (-43,5%), quer comparativamente a Fevereiro de 2022 (-5,8%).