Madeira

Calado frisa que apuramento da situação financeira da CMF será feito sem "vinganças"

None
Foto: André Ferreira

Realizou-se, hoje, no Centro de Estudos de História do Atlântico, com a presença de Pedro Calado e de Cristina Pedra, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), respectivamente, mais uma edição das Jornadas Municipais do Grupo Municipal do Funchal Sempre à Frente na Assembleia do Funchal, com tema principal a ter versado sobre a sustentabilidade financeira da Câmara Municipal do Funchal.

Pedro Calado agradeceu o "profissionalismo" e o "afinco" demonstrados pelo Departamento Financeiro da autarquia, que permitiram à equipa do 'Funchal Sempre à Frente' ter o Orçamento Municipal pronto e aprovado em Dezembro. 

Todavia o presidente da autarquia frisou que o apuramento de responsabilidades pela situação financeira da CMF, relativamente à dívida "oculta" avaliada em 33 milhões de euros, será feita sem "vinganças", mas que mesmo assim, não vai "deixar a culpa morrer solteira".

"Recorde-se a diferença entre a situação financeira anunciada pela anterior vereação da coligação ‘Confiança’, que apresentara um prejuízo de 8 milhões de euros quando realidade agora apurada revela um agravamento de 33 milhões de euros de prejuízo", esclarece o comunicado enviado.

"Fomos eleitos para governar e encontrar soluções", disse Calado. Nesse sentido, exemplificou o "caso da ciclovia", o reforço dos apoios financeiros na área da cultura, e que também vão acontecer no desporto e em outras áreas.

Durante a intervenção, o presidente da CMF abordou ainda a relação das Juntas de Freguesia com a população, exortando os executivos do 'Funchal Sempre à Frente', destes órgãos de poder local a: "não baixarem os braços, a não perderem o contacto com a população, a resolverem os problemas".

João Paulo Gomes, líder do Grupo Municipal do 'Funchal Sempre à Frente', na Assembleia Municipal, destacou a importância desta nova edição das Jornadas Municipais por reforçarem o compromisso que foi assumido de "credibilidade" e "trabalho", mas também "proximidade".

Acrescentou ainda que estas iniciativas permitem levar "preocupações" dos munícipes tanto à Assembleia Municipal como à Câmara do Funchal. "As pessoas têm de sentir que a Assembleia Municipal vai além do debate político-partidário", disse João Paulo Gomes.

Cristina Pedra, vice-presidente da CMF, explicou aos deputados municipais do 'Funchal Sempre à Frente' a situação financeira da autarquia, mormente, os dados que foram apurados por uma empresa internacional.

"Sobre a situação financeira da CMF e no seguimento da recente apresentação, em Reunião de Câmara, mais concretamente a 13 de Abril, do relatório da prestação de contas de 2021, que será um dos pontos da próxima Assembleia Municipal, a realizar-se em São Martinho, no que será a primeira “deslocalização” de uma reunião deste órgão, João Paulo Gomes relembrou que anterior vereação prometera "transparência" que acabou por ser um "embuste", isto face aos 41 milhões de euros de prejuízos apresentados, em que não se encontravam contabilizados mais de 28 milhões de euros, em concreto, 27 milhões de  euros referente à ARM, mais 1,5 milhões de  euros  de Taxa de Recursos Hídricos e custas judiciais no valor de 480 mil euros", refere nota enviada.