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Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães querem ligação por metro de superfície

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Os presidentes das câmaras de Barcelos, Braga, Vila Nova de Famalicão e Guimarães defenderam hoje a construção de um metro de superfície que una aquelas quatro cidades do Minho.

Em comunicado, a Câmara de Barcelos refere que a defesa do projeto "saiu reforçada" depois de uma reunião juntou hoje os quatro autarcas naquele concelho.

"Com vista a sustentarem a sua pretensão, os presidentes dos quatro municípios decidiram solicitar junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte [CCDRN] e do Eixo Atlântico dois estudos: um relativo à viabilidade económica do projeto e o outro sobre os impactos económicos e sociais que esse projeto traria para a região do Minho", é sublinhado no comunicado.

Entretanto, os autarcas vão apresentar a ideia de investimento junto do Governo, nomeadamente aos ministros das Infraestruturas e da Coesão Territorial.

"Os autarcas sublinham que este é um projeto estratégico para o desenvolvimento da região, realçando que permitiria retirar pressão automobilística sobre as vias nacionais que ligam as quatro cidades", lê-se na nota.

Além disso, é acrescentado, o metro de superfície contribuiria para as metas da descarbonização, teria sustentabilidade ambiental e promoveria a coesão territorial, o desenvolvimento económico e a mobilidade de pessoas, nomeadamente dos estudantes que frequentam os estabelecimentos de ensino superior de cada uma das cidades.

Por outro lado, os autarcas sustentam que "os diversos governos do país, independentemente da sua composição partidária, não têm feito o investimento necessário, longe disso" na região, "que é a terceira maior comunidade do país, onde residem mais de 700 mil pessoas".

Assim, entendem que "está na hora de o Estado Central corrigir esta discriminação negativa e tratar a região minhota como o tem feito nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto".

Braga, Vila Nova de Famalicão, Barcelos e Guimarães constituem a associação de municípios Quadrilátero Urbano.

Outro dos assuntos abordados na reunião foi a descentralização de competências.

"Nenhum dos autarcas contesta a importância da política de descentralização, mas todos estão preocupados com a ligeireza com que o Estado tem tratado o assunto", é referido no comunicado divulgado após a reunião.

Os autarcas entendem que o assunto "tem de ser analisado de uma forma séria e discutido setor a setor, em plena concertação entre Estado central e municípios".

Rejeitam, por isso, uma descentralização "assente numa delegação de competências imposta na vertical, sem as devidas e justas compensações financeiras, penalizando as câmaras municipais e, por conseguinte, as suas populações, já que o dinheiro que vai ser gasto para a recuperação e manutenção dos edifícios escolares e dos centros de saúde vai impedir que seja canalizado para outras prioridades municipais".