Exército russo afirma ter destruído 67 alvos militares
O exército russo destruiu 67 alvos militares ucranianos na noite passada, no âmbito da denominada "operação militar especial", incluindo postos de controlo, depósitos de munições e áreas com equipamentos de guerra, disse hoje o Ministério da Defesa.
"Ao longo da noite, a Força Aeroespacial russa e as unidades de mísseis destruíram 67 alvos militares ucranianos", indicou um porta-voz militar, Igor Konashénkov, citado pela agência EFE.
Em causa estão 54 espaços de concentração de equipamentos de guerra do exército ucraniano, nove peças de artilharia e morteiros, dois postos de controlo e dois depósitos de mísseis e munições.
No leste do país, as unidades das milícias pró-russas de Donetsk controlaram, parcialmente, a cidade de Novobájtumovka e lutaram contra uma brigada do exército ucraniano.
Segundo o Ministério da Defesa, estas milícias provocaram 40 mortes entre as tropas ucranianas e destruíram vários equipamentos.
O exército também destruiu dois aeródromos militares nas cidades de Poltava e Dnepropetrovsk.
O porta-voz da defesa revelou ainda que foram abatidos dois helicópteros ucranianos Mi-24, um na região de Sumy e outro na cidade portuária de Mariupol.
Somam-se ainda 24 'drones' ucranianos abatidos.
No total, desde o início do conflito, já foram destruídos, 124 aviões ucranianos, 84 helicópteros e 381 drones.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.