Turismo da Madeira trabalha para superar números de 2019
O secretário regional do Turismo e Cultura acredita que os últimos indicadores, referentes ao 1.º trimestre de 2022, bem como as reservas para a Páscoa e mesmo para os meses seguintes, reforçado com a entrada de uma nova companhia na rota da Madeira, dão boas perspectivas para que a principal fonte da economia regional volte ao período pré-pandemia, nomeadamente de 2019.
"Para a Páscoa estamos muito bem", afiançou Eduardo Jesus. "Neste momento já evoluímos naquilo que era a expectativa de ocupação (no alojamento turístico) para a Páscoa", pois "já ultrapassa os 90%, o que significa que vamos ter não só uma Páscoa bastante cheia, mas todo o mês de Abril, que está a registar um acréscimo de reservas, e que pode evoluir durante o mês, bastante significativo. Será o melhor mês deste ano até agora, se bem que o 1.º trimestre tenha sido já de franca recuperação relativamente ao período pandémico. O grande objectivo é atingir os números de 2019 e, se possível, ainda superá-los. Estamos a trabalhar para isso, é esse o nosso ensejo e é nesse sentido que as coisas estão conjugadas. Temos mantido contacto permanente com os nossos operadores e dos principais mercados e também é essa tendência que nos dão".
Ou seja, reforça o governante, "a Madeira está no foco das preferências dos viajantes e o ritmo de reservas tem vindo a acontecer de uma forma bastante agradável. Ainda mais agora com a entrada da terceira companhia aérea para a rota de Lisboa e quarta para o Porto, entre outros destinos, por parte da Ryanair.
"Vão ajudar com certeza, porque a Ryanair vem disponibilizar mais de 350 mil lugares num só ano para a Madeira, o que representa um acréscimo de 22% da nossa acessibilidade, ligando cinco novas rotas que não trabalhávamos, num conjunto de oito internacionais, 10 no total", apontou, acreditando que "vai deixar um forte contributo, que vai nos permitir virar uma página nas acessibilidades da Madeira".
Questionado se já é possível perceber uma evolução no que toca aos preços praticados pelas companhias aéreas, neste caso em específico nas rotas de e para Lisboa e Porto, Eduardo Jesus diz que isso notou-se "no imediato a partir do momento que se anunciou esta operação" e agora "com a operação concretizada verifica-se essa mesma tendência". Ou seja, "a concorrência está a operar como era o nosso grande objectivo, com esta entrada da terceira companhia para Lisboa e quarta para o Porto, as companhias aéreas estão a ter preços diferentes do que era habitual", garante.
"Esse era o grande objectivo, facilitar a acessibilidade dos residentes na Madeira e no Porto Santo", reforçando que "qualquer um de nós tem isso ao alcance do nosso telemóvel e rapidamente pode fazer uma simulação e ver se essa diferença de preços de hoje em relação a um período homólogo". E conclui: "É preciso ter consciência que a Ryanair, sendo a maior companhia de aviação europeia, tem uma rede de contactos, através da sua estrutura digital, que permite num click chegar a milhões de pessoas. Por isso, é um canal privilegiado para comunicarmos e para fazermos passar a mensagem da Madeira. E julgo que é isso que está a acontecer e vamos todos tirar bom proveito disso."
Eduardo Jesus garante ainda que, embora a Madeira tenha vindo a assistir a uma renovação do tipo de turista que a visita, mais jovem, sobretudo durante a pandemia, não vai abdicar de apostar nos seus mercados tradicionais. "A Madeira não quer substituir mercados, a Madeira quer somar mercados. Os nossos mercados tradicionais, menos jovens, são para manter e continuam a ser a nossa aposta, gostamos muito desse mercado e queremos muito tê-lo aqui na Madeira. Em adição, os mercado mais novos, sim, a pandemia acelerou esse processo, deu-nos essa oportunidade, e sem dúvida alguma que também a Ryanair vai contribuir nesse aspecto porque, estatisticamente, pode-se verificar que o nível etário das pessoas que viajam nessa companhia também é mais baixo o que nos pode facilitar nesse caminho de aumentar mercados e nunca de substituí-los", concluiu.