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Número de mortes em inundações na África do Sul sobe para 448

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Pelo menos 448 pessoas morreram nas recentes inundações registadas na África do Sul, principalmente na região de Durban, na costa leste do país, onde 40.000 pessoas permanecem desalojadas, disseram hoje as autoridades locais.  

"Hoje, as equipas de busca e salvamento descobriram mais cinco corpos e o número de mortos ascende a 448", referiu o governador da província sul-africana de KwaZulu-Natal (KZN), Sihle Zikalala, numa conferência de imprensa.

O governante sul-africano adiantou que "seis equipas de socorro continuam a procurar por aqueles que ainda se encontram desaparecidos".

Na segunda-feira, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, deu conta da existência de 443 mortos, 48 desaparecidos, e 40.000 desalojados em KZN.

Zikalala falava aos jornalistas em Durban, a cidade portuária de KwaZulu-Natal mais afetada pelas catastróficas cheias, onde se reuniu com as várias equipas de proteção civil, serviços de emergência e gestão de calamidades que foram destacadas para de várias partes do país.

"A escala e magnitude das inundações que enfrentamos estão além da capacidade da província", frisou.

Anteriormente, a ministra da Governação Cooperativa e Assuntos Tradicionais, Dlamini Zuma, tinha anunciado que o Governo está a tentar abrigar temporariamente mais de 40.000 desalojados afetados pelas cheias na província de KwaZulu-Natal (KZN), vizinha a Moçambique.

A governante sul-africana referiu também que pelo menos 4.000 casas ficaram completamente destruídas, havendo cerca de 9.000 residências parcialmente danificadas pelas cheias provocadas por chuvas torrenciais na última semana.

Dlamini Zuma avançou que as Forças Armadas Sul-Africanas (SANDF) vão destacar mais operacionais para KZN, onde já se encontram 10.000 efetivos desde o início desta semana, em articulação com oito equipas da proteção civil.

Ao declarar o estado de calamidade nacional, o Presidente da República anunciou a disponibilização imediata de mil milhões de rands (62 milhões de euros) para assistir as vítimas das cheias.

Segundo as autoridades consulares portuguesas, estima-se em cerca de 30.000 os portugueses a residirem em KZN, na sua maioria na cidade portuária de Durban (atual eThekwini), onde se concentra a maior parte das vítimas das recentes cheias.