Madeira

Penas até 8 anos de prisão por tráfico de heroína em Câmara de Lobos

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Cinco dos seis arguidos envolvidos numa rede de tráfico de estupefacientes foram condenados, esta tarde, no Juízo Central Criminal do Funchal (Edifício 2000), a penas de prisão efectiva, sendo que os castigos mais pesados recaíram sobre três madeirenses residentes no Bairro da Palmeira (Câmara de Lobos) e arredores.

O colectivo de juízas presidido por Fernanda Sequeira considerou provado que, entre Outubro de 2019 e Outubro de 2020, o grupo efectuou quatro transportes de heroína desde a zona de Lisboa para a Madeira. O produto vinha na mala de um correio que fazia a viagem por via área. Cristiano S. (38 anos), um ex-agente da PSP, toxicodependente e residente em Guimarães, efectuou três dessas viagens a troco de dinheiro, sob orientação de um indivíduo residente em Lisboa, que lhe entregava a droga e que não chegou a ser identificado. O irmão deste polícia, Daniel S. (37 anos), efectuou a quarta e última viagem, a 20 de Outubro de 2020. Estes dois arguidos colaboraram na investigação da PJ e descreveram o funcionamento da rede no julgamento. Por isso, beneficiaram de uma atenuação especial de pena – Cristiano foi condenado a 4 anos de prisão e Daniel a 3 anos, embora com penas efectivas.

Já os supostos destinatários da droga – os madeirenses José S. (52 anos), José P. (37 anos) e Maria C. (59 anos) – foram todos condenados a 8 anos de prisão. O tribunal deu como provado o transporte de pelo menos 5,2 quilos de heroína.

A juíza Fernanda Sequeira explicou que a rede alegadamente envolvia outras pessoas, incluindo um advogado madeirense, cujo processo decorre em separado.