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FMI está mais pessimista e vê zona euro a crescer 2,8% este ano

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista sobre o crescimento económico da zona euro, prevendo agora uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8% este ano e de 2,3% em 2023, foi hoje divulgado.

De acordo com as Previsões Económicas Mundiais, a instituição com sede em Washington reviu em baixa as projeções de expansão do PIB dos países da moeda única em 1,1 pontos percentuais (pp) para este ano e em 0,2 pp para 2023, face ao que previa em janeiro.

O corte nas previsões segue a tendência para as principais economias mundiais, refletindo sobretudo o impacto indireto da guerra na Ucrânia.

Segundo o FMI, o impacto da guerra na Ucrânia e das sanções à Rússia chega à zona euro sobretudo através dos aumentos dos preços globais de energia e da segurança energética.

"Por serem importadores líquidos de energia, preços globais mais elevados representam um choque negativo no comércio para a maioria dos países europeus, traduzindo-se numa menor produção e inflação mais alta", assinala.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva destaca ainda que os constrangimentos nas cadeias de abastecimento também prejudicaram algumas indústrias, incluindo o setor automóvel, com a guerra e as sanções a dificultar ainda mais a produção.

Assim, entre as principais economias da moeda única, o FMI cortou a perspetiva de crescimento do PIB deste ano da Alemanha para 2,1%, de França para 2,9%, de Itália para 2,3% e de Espanha para 4,8%.

Já em 2023, vê a economia alemã a crescer 2,7%, a francesa 1,4%, a italiana 1,7% e a espanhola 3,3%.