Primeiro-ministro espanhol reúne-se com Zelensky
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, vai deslocar-se a Kiev "nos próximos dias" para se encontrar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não tendo sido revelada a data exata por motivos de segurança, segundo fontes do executivo.
Pedro Sánchez já tinha anunciado na segunda-feira a reabertura "dentro de poucos dias" da embaixada espanhola em Kiev, como sinal do compromisso da sociedade espanhola para com o povo ucraniano, depois de o pessoal da delegação diplomática espanhola, incluindo a sua embaixadora, Silvia Cortés Marín, ter saído a 25 de fevereiro último.
Pedro Sánchez segue assim os passos de várias outros responsáveis europeus que se deslocaram à capital da Ucrânia, apesar de o país estar em guerra e ter sido invadido pela Rússia.
Os primeiros líderes políticos a visitar pessoalmente Kiev foram os líderes da Polónia, Mateusz Morawiecki, Eslovénia, Janez Jansa, e da República Checa, Petr Fiala, que se deslocaram em meados de março, a título pessoal, embora tenham informado previamente a União Europeia.
Por parte das instituições da UE, a primeira a viajar, em 31 de março, foi a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que foi seguida pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell.
Em abril, os primeiros-ministros da Eslováquia, Eduard Heger, e o chanceler da Áustria, Karl Nehammer, assim como o chefe do Governo do Reino Unido, Boris Johnson, viajaram também até à capital ucraniana.
Nos últimos dias, Volodymyr Zelensky convidou publicamente os presidentes dos Estados Unidos e da França, respetivamente Joe Biden e Emmanuel Macron, para se deslocarem a Kiev, tendo também sido noticiada a sua rejeição a uma visita do Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de cerca de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para outros países.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo