A Guerra Mundo

Rússia está a destruir património cultural ucraniano "de propósito", alerta UE

União Europeia vai "apoiar artistas, profissionais da cultura e organizações culturais afectadas pela guerra", garantiu Borrell.

Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.
Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.

A Rússia está a destruir o património cultural da Ucrânia "de propósito" durante a invasão, alertou na segunda-feira o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, que considera a história ucraniana "parte importante da herança europeia".

"Objetos do património cultural são destruídos de propósito na guerra da Rússia contra a Ucrânia", realçou Borrell, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.

O diplomata europeu sublinhou que a cultura ucraniana "é uma parte importante da herança europeia".

Por todas estas razões, Borrell garantiu que a UE vai "apoiar artistas, profissionais da cultura e organizações culturais afetadas pela guerra".

O chefe da diplomacia da UE fez ainda alusão, na sua mensagem, à campanha comunitária '#ArtVsWar', que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o nível de destruição do património cultural, objetos de arte e a suspensão da vida e das iniciativas culturais devido à guerra.

Na Ucrânia, a cultura deste país "ainda sobrevive graças à força de um povo corajoso capaz de combater as contínuas ameaças à sua destruição", sublinhou, por sua vez, o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE).

Kiev e outras cidades ucranianas optaram por cobrir os seus principais monumentos com sacos de areia, para tentar evitar que sejam danificados pelos bombardeamentos das forças russas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.