A Guerra Mundo

Rússia ataca com armamento pesado fábrica em Mariupol com civis

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A Rússia está a lançar bombas capazes de destruírem 'bunkers' contra a antiga fábrica metalúrgica em Mariupol, que terá militares e civis abrigados e onde os ucranianos se têm recusado a render, alertaram na segunda-feira as forças ucranianas.

Denys Prokopenko, comandante do regimento Azov, uma unidade da Guarda Nacional da Ucrânia, explicou numa mensagem de vídeo que as bombas estão a cair naquele local, embora os civis estejam abrigados nos túneis da fábrica.

"As forças ocupacionais russas e os seus representantes sabem sobre os civis, mas continuam a atirar [as bombas] de forma consciente contra a fábrica", realçou.

O regimento Azov tem impedido o controlo total das forças russas desta cidade portuária estratégica no sudeste ucraniano.

Moscovo estima que 2.500 militares ucranianos e cerca de 400 voluntários estrangeiros estão cercados na siderúrgica Azovstal, uma antiga fábrica metalúrgica da década de 1930???????.

O chefe da polícia daquela cidade, Mikhail Vershinin, revelou à televisão Mariupol no domingo que muitos civis, incluindo crianças, estão escondidos na antiga fábrica, onde procuram abrigo contra os bombardeamentos russos e as forças que ocupam outras partes da cidade.

A Ucrânia estima que 21.000 pessoas já foram mortas em Mariupol, cidade sitiada pelos russos.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, acusou a Rússia de recusar a abrir corredores humanitários, defendendo que esta postura justifica julgamentos por crimes de guerra.

Moscovo, por sua vez, acusam "nacionalistas neonazis" ucranianos de dificultarem a retirada de civis.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.