A Guerra Mundo

Pentágono detecta reforço das tropas russas na região do Donbass

Foto: FADEL SENNA / AF
Foto: FADEL SENNA / AF

O Pentágono indicou hoje que a Rússia reforçou nos últimos dias os seus contingentes com artilharia, forças terrestres e outro material militar, na perspetiva de uma nova ofensiva na região do Donbass, leste da Ucrânia.

Um responsável oficial da Defesa disse que o número de unidades de combate, designados grupos táticos de batalhão, no leste e sul da Ucrânia aumentou para 76, face aos 65 da semana passada. O responsável oficial exprimiu-se sob anonimato.

Este reforço poderá aumentar para 50.000 a 60.000 o número de tropas russas concentradas na região, mas dependendo da forma como vão ser organizados estes grupos.

O mesmo responsável confirmou que as forças russas controlam já na totalidade o porto de Mariupol, podendo agora deslocar cerca de 12 grupos táticos de batalhão para outras regiões do Donbass.

O funcionário do Pentágono indicou ainda que quatro aviões de carga norte-americanos chegaram à Europa no domingo com armas e outro material, no âmbito do apoio militar avaliado em 800 milhões de dólares (735 milhões de euros) anunciado na semana passada pelo Presidente Joe Biden.

O responsável oficial também disse que o treino de pessoal ucraniano para o manuseamento das peças de artilharia com obuses M114 howitzer deverá ser iniciado num local fora da Ucrânia não revelado, e nos próximos dias. Os Estados Unidos disponibilizaram 18 howitzers para reforçar a capacidade das forças ucranianas no Donbass, e estes primeiros instrutores poderão de seguida treinar mais soldados no interior da Ucrânia.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de cerca de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.