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Putin e os putinzitos…

É evidente que, quando Hitler começou o seu maléfico percurso, as suas acções apenas foram limitadas a alguns comícios de cafés

Neste momento, o mundo vive com os olhos postos na guerra que Putin, presidente da Rússia desencadeou no leste europeu, com o objectivo, para já, de conquistar a Ucrânia. Se tiver sucesso, tal como Hitler, nos anos 40 do século passado, depois virão a Moldávia, Roménia, Hungria e assim sucessivamente…

A Rússia tem uma superfície de cerca de 17.100.000 Km2, com uma população de 142.000.000 de habitantes. É o maior país do mundo em superfície e o nono em população.

A Europa tem 10.180.000 Km2 e uma população de 741.500.000 habitantes.

Tendo em conta os factos histótricos, uns mais evidentes e outros mais distantes e camuflados, uns mais sofisticados e outros mais simples, dei comigo a matutar nos porquês desta situação. Após menos de um século passado sobre a guerra que Hitler, um frustrado pintor paranóico, levou à Europa e ao mundo, eis-nos, mais uma vez, envolvidos numa guerra promovida por um outro paranóico que pretende, agora, ser o maior… da Rússia.

Não pretendo criar uma qualquer teoria política sobre a putinagem. No entanto, a verdade é que, por todo o lado e em todos os tempos, sempre houve alguém que, detentor de algum, mesmo que diminuto e insignificante poder, foi sistematicamente “crescendo”, à custa do atropelo dos direitos dos outros, enquanto se afirma(va) como o “maior”.

E aqui todos temos e continuamos a ter a nossa quota de culpa, na simples medida em que tolerámos esses excessos, quando os devíamos ter denunciado e evitado. Recordemos 2014, com o mesmo Putin a ocupar a Crimeia…

É evidente que, quando Hitler começou o seu maléfico percurso, as suas acções apenas foram limitadas a alguns comícios de cafés, com poucos participantes onde expunha as suas teorias. No entanto, o seu discurso populista atraiu curiosos e oportunistas que viram nele a promoção social e cadeiras de poder.

Hoje, estamos de olhos e atenção centrados nas acções que Putin desencadeou na Ucrânia. Se não for travado, amanhã, estaremos a lamentar esta situação noutras paragens. Tal como o fizeram Hitler, Lenine ou Estaline, na Europa. Das pequenas violações, rapidamente, evoluíram para situações extremistas de violações da soberania dos países, dos direitos humanos, atentando contra a vida, a integridade física, a liberdade de expressão, de circulação, de reunião etc. etc.

É claro que nas “terras” mais pequenas, as manifestações são muito menores. E, muitas vezes, desculpam-se pelo pequeno impacto que tem na comunidade. Mas um putinzito, não deixa de ser uma miniatura dum déspota. A diferença é que os seus comportamentos têm um impacto débil na comunidade, porque dirigidos a indivíduos. Mas podem ter um impacto grande na vida de cada cidadão visado.

Enfim, nenhuma democracia admite putins nem putinzitos!