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Hidrogénio verde é o melhor substituto para petróleo e carvão

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Foto: Shutterstock

O embaixador do Brasil em Portugal defendeu hoje que o hidrogénio verde é a melhor ferramenta para substituir a utilização de petróleo e carvão, considerando que o barril de petróleo será substituído até 2050 pelo barril de hidrogénio.

"Temos de reduzir a dependência do petróleo e carvão e reduzir o aquecimento global, e o hidrogénio verde é a solução", disse Raimundo Carreiro Silva na abertura do Fórum "Os Desafios do Desenvolvimento - O Futuro da Relação Estatal", que decorre até quinta-feira em Lisboa.

"Não é possível substituir na totalidade o carvão e o petróleo pela eletricidade, e o hidrogénio verde é a solução", disse o embaixador, acrescentando que o "h2b é uma grande oportunidade para firmar ainda mais as parcerias e a integração entre Portugal e o Brasil através da produção e exportação de h2b, que será a 'commodity' [matéria-prima] energética que substituirá até 2050 o petróleo e o gás natural".

Para o embaixador, os maiores grupos energéticos dos dois países terão um papel importante na transição energética: "Os grupos empresariais de energia em Portugal, com destaque para a EDP e a Galp, podem ser grandes produtores de h2b no Brasil, aproveitando o maior potencial de energia eólica e solar, tanto para procura interna, como para exportação para o promissor mercado da União Europeia, rompendo as amarras com o oligopólio do petróleo e do gás".

Antes, já o presidente do Conselho Diretivo do Fórum de Integração Brasil Europa (FIBE), Vitalino Canas, tinha argumentado que o Brasil devia projetar-se como uma potência com visão global no espaço do Atlântico: "o Brasil pode ganhar novo protagonismo nas cadeias internacionais de produção, no comércio e até de um ponto de vista geopolítico, e projetar-se como potência com visão global no espaço Atlântico, não apenas no Atlântico sul".

O Fórum de Integração Brasil Europa (FIBE), que decorre até quinta-feira em Lisboa, coloca em discussão os caminhos rumo ao bem-estar económico e social por meio das transformações impostas pela revolução digital, a pandemia da Covid-19 e a guerra europeia.