WhatsApp cria comunidades para atingir um público maior e permite 'emojis' nas mensagens
O WhatsApp criou uma nova ferramenta, as "comunidades", que permitirá a administradores de grupos aproximaram-se de um grande número de pessoas, enquanto os utilizadores poderão em breve reagir com 'emojis' às mensagens, revelou esta quinta-feira a Meta.
Estas comunidades vão reunir grupos já existentes, como grupos de pais de diferentes turmas de uma mesma escola, ou de moradores de uma rua que já participam em vários grupos de um determinado bairro.
"Dessa forma, os utilizadores poderão receber atualizações enviadas para toda a comunidade e organizar facilmente grupos de discussão mais pequenos. As comunidades incluem também novas ferramentas avançadas para administradores, incluindo mensagens de anúncio que são enviadas para todos os utilizadores e controlo sobre que grupos são incluídos", destaca a rede social em comunicado.
Somente os administradores poderão enviar mensagens, enquanto os demais participantes apenas poderão reagir a estas com 'emojis'.
Esta nova funcionalidade, que deve ser testada durante dois meses antes de ser implantada internacionalmente, evoca os "canais" da rede social Telegram, outro sistema de mensagens, que são usados para transmitir mensagens para um grande público, de forma pública, em canais abertos a todos, ou privado, por convite.
Mas os 'emojis' vão passar a estar disponíveis para todos, "para que os utilizadores possam partilhar a sua opinião sem inundar as conversas com novas mensagens".
As novas funcionalidades a serem aplicadas nas próximas semanas envolvem ainda o aumento da partilha de ficheiros até 2GB [dois gigabytes] e chamadas de voz com mais utilizadores, sendo agora possível ligar até 32 pessoas em simultâneo.
"Acreditamos que estas melhorias irão ajudar os utilizadores a encontrar novas formas de partilhar e a reduzir a sobrecarga de conversas com mais utilizadores", destaca ainda a empresa.
O WhatsApp, que ultrapassou dois biliões de utilizadores em todo o mundo em fevereiro de 2020, também insiste nas medidas tomadas para limitar certos excessos, como a disseminação de desinformação em grande escala ou assédio.
A Meta, empresa mãe do Facebook ou Instagram, tem enfrentado muitas críticas sobre estes problemas nas suas redes sociais, mas também nas suas aplicações de mensagens como o WhatsApp e Messenger, onde são ainda mais difíceis de resolver, já que as trocas são privadas e criptografadas, pelo menos no caso do WhatsApp.
Os administradores terão ainda a capacidade de excluir mensagens problemáticas em grupo e o conteúdo só pode ser transferido para um grupo de cada vez, para evitar fenómenos de 'spam'.
No WhatsApp os grupos são limitados a 256 pessoas e as comunidades serão inicialmente limitadas a alguns milhares de utilizadores.
Esta nova ferramenta também poderá ser usada para negócios.
"Se um restaurante quiser formar um grupo para compartilhar a sua ementa ou enviar promoções, pode fazê-lo", salientou Jyoti Sood, gerente de produto do WhatsApp, antes de especificar que o Meta não planeia "cobrar" pela gestão das comunidades.