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Amazon adiciona taxa de combustível e inflação de 05% a vendedores

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Foto Shutterstock

A Amazon anunciou esta quarta-feira que vai adicionar uma "sobretaxa de combustível e inflação" de 05% às taxas que cobra aos vendedores que utilizam os serviços da gigante do comércio 'online'.

A empresa com sede em Seattle explicou no seu 'site' que as taxas adicionais, que entram em vigor em 28 de abril, estão "sujeitas a alterações" e aplicam-se a itens de vestuário e não vestuário.

No aviso enviado aos vendedores esta quarta-feira, a Amazon referiu que os seus custos aumentaram desde o início da pandemia de covid-19, devido a aumentos nos salários, contratação de trabalhadores e construção de mais armazéns, noticia a agência Associated Press (AP).

A gigante do comércio 'online' acrescentou que tem absorvido os custos sempre que possível e que apenas aumentou as taxas para lidar com custos permanentes e ser competitiva com outras plataformas.

Concorrentes da Amazon como a FedEx ou a UPS têm sobretaxas de combustível.

"Em 2022, esperávamos um regresso à normalidade, à medida que as restrições da covid-19 em todo o mundo diminuíam, mas o combustível e a inflação apresentaram novos desafios", vincou a empresa em comunicado.

A Amazon tinha anunciado em novembro o último aumento de taxas, que entrou em vigor em janeiro.

A escalada dos preços para os consumidores atingiu em março o ritmo mais rápido desde dezembro de 1981, com 8,5% em relação ao mesmo mês de 2021, segundo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) revelado na terça-feira pelo Departamento do Trabalho.

A taxa de inflação foi a mais alta desde dezembro de 1981. Em fevereiro, a inflação homóloga tinha ficado em 7,9%, segundo o índice de preços no consumidor publicado na terça-feira pelo Departamento do Trabalho.

O mês de março é o primeiro a integrar os efeitos da guerra na Ucrânia, que começou nos últimos dias de fevereiro.

O Departamento do Trabalho realçou em comunicado que "o índice da gasolina subiu 18,3% em março (em relação a fevereiro) e foi responsável por mais de metade do aumento geral de preços num mês".

O mercado por terceiros da Amazon, onde comerciantes independentes apresentam milhões de produtos, é grande parte do negócio da empresa.

Com cerca de dois milhões de vendedores, mais de metade dos produtos vendidos na Amazon vêm destes parceiros.

No ano passado, os vendedores pagaram à Amazon cerca de 103.000 milhões de dólares (cerca de 94.600 milhões de euros) em taxas, o que representou cerca de 22% da receita da empresa.

Esta empresa de comércio 'online' tem vindo a ser acusada de 'comprometer' os vendedores que usam a sua plataforma, através de "knock-offs" [imitações mais baratas], ou apresentando produtos muito semelhantes, e aumentando a presença destes no seu 'site'.