Não há registo de vítimas portuguesas resultantes das cheias em Durban
Para já “não temos conhecimento de nenhum português afectado” nas cheias provocadas por chuvas torrenciais na província sul-africana de KwaZulu-Natal, vizinha de Moçambique, afirmou há instantes o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas numa curta declaração e de balanço provisório.
O número de vítimas aumentou de 259 para 306 na noite desta quarta-feira. Paulo Cafôfo garante que o governo português irá acompanhar, através contactos com a embaixada e com a rede consular existente em território sul-africano, a evolução das cheias, nomeadamente em Durban, zona mais fustigada.
É nesta área que se estima residam mais de 20 mil portugueses, a maioria dos quais madeirenses.
O Governo declarou hoje o estado provincial de calamidade em KwaZulu-Natal, onde devastadoras inundações provocadas por chuvas torrenciais, que se agravaram desde a passada sexta-feira, causaram a destruição generalizada na costa oriental do país.
A Forças Armadas Sul-Africanas (SANDF) foram mobilizadas para fornecer apoio aéreo durante as evacuações após a destruição de casas, empresas, estradas, pontes, bem como infraestruturas de eletricidade, água e saneamento que foram danificadas ou destruídas por completo.
O Presidente da República Cyril Ramaphosa, que visitou hoje as áreas mais afetadas na região da cidade portuária de Durban, descreveu a situação como sendo "uma catástrofe de enormes proporções".
O chefe de Estado sul-africano referiu que as restantes províncias do país estão a enviar ajuda humanitária, meios e pessoas para o KwaZulu-Natal, frisando que o Governo nacional está também a envidar esforços no sentido de providenciar ajuda financeira à província, assim como apoio às famílias das vítimas com "os funerais, abrigo, alimentação e cobertores".
Esta tarde, também o director regional das Comunidades e de Cooperação Externa manifestara a sua preocupação.