Greve na ECM a 100% nos sectores da Oficina, manutenção e armazém cheios
“Todos os trabalhadores que aderiram à greve ontem mantêm-se firmes na luta, neste 2.º e último dia de greve”, refere o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, acrescentando que a adesão dos trabalhadores à greve nestes dois dias é de 100% nos sectores da: Oficina, manutenção e armazém cheios.
O Sindicato esclarece, em nota de imprensa, que a empresa veio a público minimizar o número dos Trabalhadores em Luta, “o que não corresponde à verdade”. O Piquete de greve, nas rondas que fez pelos locais de trabalho, detectou que os chefes de secção estavam a assumir as tarefas dos trabalhadores em greve.
Mas, continua, com a intervenção do Piquete de greve, foi possível impedir que os trabalhos dos trabalhadores em greve fossem substituídos por trabalhadoras de empresa prestadora de serviços e de outras secções.
“A adesão de trabalhadores à greve superou as expectativas, atendendo a todas as tentativas da empresa para travar a greve e intimidar os trabalhadores a aderirem livremente ao direito a manifestar o seu descontentamento, e a lutar pelo aumento dos salários, através da greve”.
Os trabalhadores em greve reivindicam: Aumento salarial de €100 a cada trabalhador. E o Salário Mínimo na ECM para €782€; Aumento de 4%, na tabela e cláusulas de expressão pecuniária; 35 h semanais, 7h por dia, (distribuídas de segunda a sexta-feira, como refere o AE); Remuneração do Trabalho extraordinário: 50% na 1.ª hora; 75% na 2.ª hora e 100% na terceira e seguintes. 200% em dia de descanso semanal e feriados; Trabalho por turnos: acréscimo sobre a retribuição mensal de 15% para dois turnos e 30% para três turnos; e 25 dias úteis de férias.
Por último, adianta o Sindicato, “as reivindicações dos trabalhadores são realistas com a situação da ECM”, até porque a empresa deu 50€ e 100€ de aumento a alguns trabalhadores nos salários de Março/2022, aplicando “discriminação salarial”.