Actor Cuba Gooding Jr. declara-se culpado em caso de assédio nos Estados Unidos
O ator norte-americano Cuba Gooding Jr., acusado de assédio sexual por três mulheres em incidentes separados em vários locais de Manhattan, no estado de Nova Iorque, em 2018 e 2019, declarou-se culpado de uma das acusações.
"Peço desculpas por ter feito alguém se sentir indevidamente assediado", disse hoje o também realizador, perante o juiz, de acordo com o jornal The New York Times, referindo-se a um incidente ocorrido em junho de 2019 num clube exclusivo de Times Square.
Segundo a queixosa, Cuba Gooding Jr. colocou a mão no seu peito sem o seu consentimento e apalpou-a.
Com a confissão, o ator vai evitar ir a um julgamento, no qual as outras duas mulheres que acusaram deveriam depor, além de outras que também sofreram apalpões e que o Ministério Público planeava apresentá-las como testemunhas para mostrar que os seus comportamentos continuaram a ser um padrão durante anos.
O artista, que conquistou o Óscar de Melhor Ator Secundário em 1997 pela participação no filme "Jerry Maguire", foi detido pela primeira vez em junho de 2019 após o incidente no bar de Times Square, tendo sido libertado mais tarde sob fiança.
Cuba Gooding Jr. também foi acusado de apalpar as nádegas de uma empregada de mesa num restaurante nova-iorquino em outubro de 2018 e de "contacto sexual sem consentimento" numa boate, também em Nova Iorque.
Se for condenado pela acusação mais grave, abuso sexual, o ator poderia enfrentar uma pena máxima de um ano de prisão.
No acordo para se declarar culpado, espera-se que o ator não vá para a cadeia, segundo a imprensa local.
Num caso separado, Cuba Gooding Jr. foi acusado no tribunal civil de violação sexual por um denunciante anónimo, um crime pelo qual seis milhões de dólares (cerca de 5,5 milhões de euros) por danos ainda se encontram pendentes.