António Costa já assinou a proposta do Governo que em breve entrará no parlamento
O primeiro-ministro já assinou a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, que será em breve formalmente entregue pelo ministro das Finanças no parlamento e apresentada em conferência de imprensa ao início da tarde.
"Acabei de assinar a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2022", lê-se no texto de uma publicação de António Costa na rede social Instagram.
Na mesma mensagem, que é acompanhada por uma fotografia do primeiro-ministro a assinar a proposta de Orçamento, António Costa refere que se trata de um diploma com respostas concretas, ajustado à nova conjuntura, sem nunca se desviar dos objetivos estruturais e sem abandonar a trajetória de consolidação orçamental responsável, com contas certas".
Já numa mensagem vídeo que foi divulgada esta manhã, o primeiro-ministro afirma que a proposta de Orçamento, entre descidas de impostos e subvenções, prevê mais 1200 milhões de euros destinados a apoiar empresas e famílias para fazer face à crise aberta pela guerra na Ucrânia.
"A guerra na Ucrânia exige-nos ainda novas respostas. A proposta de Orçamento do Estado permite financiar o conjunto de medidas que adotamos para mitigar o aumento dos preços dos bens energéticos e agroalimentares e conter a inflação", sustenta o líder do executivo na sua mensagem.
Em relação às prioridades orçamentais para 2022, o primeiro-ministro tem insistido que vai manter o desdobramento dos terceiro e sexto escalões do IRS, aumentar as deduções do IRS jovem, prolongando-as de três para cinco anos, e adotar medidas de caráter social, sobretudo destinadas ao combate à pobreza infantil, designadamente através do aumento do abono de família para os cidadãos com menores rendimentos.
Estas medidas constavam da anterior proposta de Orçamento para este ano, que foi chumbada em outubro passado logo na fase de generalidade, o que levou depois o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro, as quais o PS venceu com 41,37% dos votos, obtendo maioria absoluta.
Em termos de política de rendimentos, o executivo manteve a promessa eleitoral de proceder a um aumento extraordinário das pensões mais baixas, pagando-o com efeitos retroativos a janeiro deste ano.