John Lee apresenta formalmente candidatura única para liderar Hong Kong
John Lee refere que ser o único candidato ao cargo de líder do território "não é fácil".
O ex-número dois do Governo de Hong Kong John Lee considerou hoje que ser o único candidato ao cargo de líder do território "não é fácil".
Ao apresentar formalmente a candidatura, Lee disse ter já o apoio de 786 membros do comité de eleição, com 1.500 patriotas próximos de Pequim, que indicou já não apoiar mais ninguém, responsáveis por nomear o chefe do executivo para os próximos cinco anos, a 08 de maio.
O antigo polícia, de 64 anos, deverá suceder a Carrie Lam, cujo mandato termina a 01 de julho.
"Não é fácil, porque trabalhei muito para explicar a vários membros [do comité] qual será a minha plataforma eleitoral", disse Lee a um jornalista, que perguntou ao candidato se esperava uma viagem fácil sem adversários.
A plataforma de Lee ainda não foi divulgada. Até agora, o candidato disse que vai governar "orientado para resultados", sem dar qualquer indicação concreta das políticas que pretende prosseguir.
"Será uma nova sinfonia, e eu serei o maestro", afirmou, no sábado.
John Lee foi o número dois no Governo de Hong Kong até à semana passada, altura em que apresentou a demissão para poder candidatar-se.
Antes, foi responsável pela segurança do território e, nessa qualidade, liderou a resposta policial aos protestos pró-democracia em 2019 e à subsequente repressão de dissidentes.
Tal como Carrie Lam, Lee integra o grupo de 11 funcionários de Hong Kong e chineses sancionados pelos Estados Unidos, em 2020, por "minar a autonomia de Hong Kong e restringir a liberdade de expressão ou de reunião".