Atuneiros parados deve-se à ausência de cardumes e não por causa do preço do combustível
Albuquerque lembra que na Madeira o Governo Regional já apoia no custo dos combustíveis
O facto de os atuneiros permanecerem acostados no Porto de Pesca do Caniçal, apesar da época de safra já ter aberto, não se deve ao aumento do custo dos combustíveis, mas ao facto de ainda não terem surgido os cardumes de atum nas habituais rotas desta pesca. Esta é pelo menos a convicção do presidente do Governo Regional, que, esta tarde, ao ser questionado sobre as medidas de emergência para a Madeira, nomeadamente o apoio à pesca, foi perentório em afirmar que “os atuneiros parados não é por causa [do preço] do combustível. Estão à espera que o atum passe”, justificou.
Pelo menos é esta a única justificação que encontra ao lembrar que a Região já apoia o gasóleo através do diferencial que é aplicado nos combustíveis e desta forma cria condições para “assegurar aos profissionais da pesca que a sua safra é realizada sem uma subida exponencial dos produtos”. Perante este argumento, assegura que a inactividade dos atuneiros só pode ser justificada porque ainda “estão à espera que apareçam os cardumes”.
Ainda no que diz respeito a apoios extraordinários, reiterou que “a redução do IVA, logo que seja aplicado, também vai ter igual redução na Madeira”, lembrou a subida de 15% no POSEI “no sentido de garantir um apoio suplementar a produtos como a farinha para evitar a subida do preço do pão”, e além do diferencial no preço dos combustíveis, acresce os 30 cêntimos anunciados para subsidiar os combustíveis nos transportes públicos e empresas de demais transporte.
Estas declarações do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, foram feitas à margem da abertura da exposição ‘Silent Frames’, de Pedro Clode, patente na Quinta Magnólia Centro Cultural.