Madeira

PCP/Madeira defende reforço do investimento no sector público da saúde

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O PCP/Madeira considerou hoje que o Governo Regional deve reforçar o investimento no setor público da saúde em vez de "premiar quem lucra com o negócio da doença", sublinhando que o combate à covid-19 evidenciou a importância do serviço público.

"Não é compreensível, num momento em que existem tantas necessidades no Serviço Regional de Saúde, desviar verbas do Orçamento Regional para o setor privado", disse o deputado comunista na Assembleia Legislativa, Ricardo Lume, numa alusão às parcerias estabelecidas com o setor privado.

E reforçou: "Isto faz com que muito milhares de madeirenses e porto-santenses sejam empurrados para o setor privado da saúde e esta é uma situação que temos de contrariar".

Ricardo Lume falava junto ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, no âmbito de uma campanha nacional do PCP, designada "salvar o Serviço Nacional de Saúde, garantir a todos o direito à saúde", inserida nas comemorações do Dia Mundial da Saúde, que se assinalou a 07 de abril.

"Ao longo destes tempos verificámos um aumento exponencial do agravamento do acesso aos cuidados de saúde dos madeirenses e porto-santenses", disse Ricardo Lume, sublinhando: "Verificámos que existem dezenas de milhares de madeirenses à espera de atos médicos, são mais de 17 mil madeirenses à espera de uma cirurgia, estão por agendar mais de 35 mil primeiras consultas de especialidade e existem mais de 45 mil exames de diagnóstico por realizar".

Apesar destes números, o deputado comunista considera que o combate à pandemia de covid-19 provou que o serviço público é "essencial", pelo que o executivo madeirense (PSD/CDS-PP) deve agora reforçar o investimento.

"Uma questão é utilizar o setor privado temporariamente para fazer face a picos de necessidade, mas a opção do Governo Regional tem vindo a ser cada vez mais contratualizar com os privados", alertou, vincando ser antes necessário contratar mais profissionais para o serviço público e garantir melhores condições de trabalho.

"Não estamos contra os privados no setor da saúde, agora o que não pode acontecer é desvalorizar-se o público", reforçou.