PCP considera que proposta "não responde" a problemas centrais
O PCP considerou hoje que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 "não responde" aos problemas "centrais", como o aumento de salários e pensões, e acusou o Governo de manter a "obsessão da redução do défice".
"Ao que tudo indica a proposta que o Governo está a preparar de Orçamento do Estado para 2022 não responde aquelas que são as questões centrais no nosso país, os problemas que afetam os trabalhadores e o povo", afirmou a líder parlamentar do PCP aos jornalistas na Assembleia da República.
Paula Santos defendeu a "necessidade urgente de aumentar os salários e as pensões para melhorar as condições de vida, mas também travar o aumento do custo de vida, nomeadamente combater os preços especulativos que hoje afetam não só os combustíveis e a energia, mas também um conjunto de bens alimentares e que exige a adoção de medidas".
Na ótica do PCP, essas medidas devem passar pelo "controlo e a fixação de preços máximos, de forma a combater não só esses preços especulativos, mas também impedir que a guerra e as sanções, tal como a epidemia, estejam a ser o pretexto por parte dos grupos económicos para acumular lucros à custa do empobrecimento dos trabalhadores e do povo".
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o executivo para conhecer as linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), a deputada Paula Santos criticou que o Governo mantenha "a centralidade na obsessão da redução do défice e na transferência dos custos do agravamento do custo de vida para os trabalhadores e o povo".
"E o PCP considera que é necessário romper com este caminho e é necessária uma resposta que efetivamente resolva os problemas" que afetam os portugueses, defendeu a líder parlamentar comunista.
A ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e a equipa do Ministério das Finanças, liderada por Fernando Medina, estão esta manhã a apresentar as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) aos grupos parlamentares e deputados únicos na Assembleia da República.