A Assembleia da República jamais será do antissistema
A moção de rejeição apresentada pelo Chega na
Assembleia da República (AR), ao programa do governo, foi uma diatribe, uma manobra de diversão para ganhar mau palco. Uma perca de tempo e dinheiro dos contribuintes... é óbvio que esta brincadeira de mau gosto foi amplamente chumbada. Mais uma vez, o PSD não conseguiu demarcar-se de quem paulatinamente o vem corroendo ocupando-lhe espaço, e absteve-se. A IL, defensora dum capitalismo sem freio, adoptou a mesma posição. Estas 'neutralidades' favoreceram o partido protofascista Chega. Tudo isto foi lastimável!
Nesta sessão plenária, o presidente deste partido fez uma miserável alocução sobre a generalidade dos ciganos, a propósito dum alegado crime cometido por um membro desta etnia, colocando todos os ciganos no mesmo diapasão criminoso... Isto chama-se - xenofobia! Nesta intervenção, o presidente da AR, e bem, interrompeu-o e advertiu-o dizendo-lhe que um cigano não são todos. Mais, que no futuro tivesse porte de deputado. A AR é um espaço constitucional e democrático de confrontação política e jamais será de quem o quer minar por dentro, com políticas antissistema...
Vítor Colaço Santos