Recompensa
Paulo Cafôfo (PC) foi nomeado Secretário de Estado das Comunidades (SEC) do novo governo. É um cargo governamental de reduzida relevância política para António Costa (AC) dada a forma displicente e caótica como o seu governo preparou e conduziu o processo eleitoral no círculo da emigração obrigando à repetição das eleições. Salvo uma ou outra exceção AC privilegia para cargos governamentais, independentemente da competência dos nomeados, sobretudo a fidelidade às suas orientações e ambições político-partidárias que sempre se sobrepuseram à necessidade de reformas políticas estruturais capazes de tirar Portugal da cauda da UE onde os últimos 20 anos de governação do PS o colocaram. Poder-se-ia pensar que com a maioria absoluta algo mudaria e AC iria optar por uma governação capaz de implementar as reformas necessárias para tirar Portugal da cauda da UE, mas tudo leva a crer que tal não virá a acontecer, infelizmente para os portugueses sobretudo os jovens que terão de continuar a emigrar à procura de melhor futuro. De certo modo a nomeação de PC como SEC é disso exemplo pois nada tem que ver com qualquer ação política relevante do mesmo em qualquer domínio, nem sequer como presidente do PS-M onde se revelou como um total fiasco na defesa dos interesses da RAM, aquiescendo com total subserviência às diretrizes político-partidárias de AC que sempre menosprezou a RAM e os madeirenses eximindo-se ao cumprimento tanto de obrigações decorrentes do Estatuto Político-Administrativo da RAM, como até da legislação aprovada por unanimidade na Assembleia da República de que é exemplo a não alteração do regime de subsídio das viagens aéreas dos residentes. A nomeação de PC como SEC é uma espécie de recompensa pela subserviência com que aceitou as orientações políticas de AC mesmo as que prejudicaram a RAM, sendo também um aviso ao atual presidente do PS-M que se quiser ter futuro político no PS terá de seguir o exemplo do seu antecessor
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