Nyusi diz que Moçambique quer ser "campeão" na produção de energia eléctrica
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que o país pretende ser "o campeão" na produção e fornecimento de energia elétrica na África Austral, capitalizando o potencial de que dispõe no setor e a aposta crescente nas energias renováveis.
"Ambicionamos desempenhar um papel de relevo, como campeões no fornecimento de energia, transformando o país num polo regional", afirmou Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava durante a inauguração da central solar de Metoro, a maior deste tipo no país, no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, região norte.
A combinação entre as fontes energéticas tradicionais, como a hídrica e térmica, e as energias renováveis, nomeadamente a solar e a eólica, vão permitir ao país o alcance de novos patamares como polo importante na satisfação das necessidades internas e regionais, acrescentou.
"Outra aposta é o uso de energias renováveis. O meu Governo lançou um programa de leilões de energias renováveis para promover a transparência e tarifas competitivas" na venda de energia, enfatizou o chefe de Estado moçambicano.
Filipe Nyusi avançou que a central térmica de Metoro vai aumentar a disponibilidade de energia na província de Cabo Delgado e contribuir para a agenda de mitigação do impacto das mudanças climáticas, uma vez que a infraestrutura é alimentada por uma fonte energética limpa.
A construção do empreendimento, prosseguiu, responde à prioridade do executivo moçambicano na expansão de infraestruturas sociais e económicas visando a melhoria das condições de vida da população e promoção de um ambiente favorável às atividades produtivas.
A infraestrutura começou a ser construída em 2020, é constituída por 125.000 painéis fabricados na China, possui uma capacidade de 41 megawatt (MW) e pode injetar 69 gigawatts/hora por ano na rede da Eletricidade de Moçambique (EDM).
O projeto está orçado em 47,3 milhões de euros e resulta de uma parceria entre a EDM, com 25%, e a empresa francesa Néon, 75%.
O financiamento do projeto foi prestado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com um empréstimo de 40 milhões de dólares (34 milhões de euros), e o remanescente pelo Governo moçambicano.
Após 25 anos de operação, a infraestrutura passa para a EDM.