A Guerra Mundo

Zelensky pede a Macron ajuda para cessar-fogo em Mariupol

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EPA/FRANCOIS MORI

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu hoje ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que interceda junto de Moscovo para conseguir um cessar-fogo em Mariupol, de forma a conseguir a evacuação da cidade.

Macron prometeu trabalhar para conseguir estabelecer um corredor humanitário em Mariupol, através de um cessar-fogo sustentável e anunciado com antecedência suficiente para poder organizar ajuda.

De acordo com uma fonte do Eliseu (a presidência francesa), os dois dirigentes tiveram uma conversa telefónica centrada na "emergência humanitária" naquela cidade do sudeste da Ucrânia, sitiada há vários dias pelo exército russo.

Zelensky, que mantém contactos regulares com Macron, pediu ao líder francês para que "continue os esforços diplomáticos para obter da Rússia as condições necessárias para realizar uma operação humanitária das organizações internacionais competentes", explicou o Eliseu.

Os dois líderes também discutiram as recentes negociações entre Kiev e Moscovo, com Zelensky a sublinhar a importância de o seu país receber garantias de segurança.

Macron, por sua vez, "reiterou a determinação da França em defender a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e manterá o apoio político, militar, económico e humanitário" à Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.