Madeira

PS defende fixação dos jovens e quer inverter o ciclo de empobrecimento da Região

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Inverter o ciclo de empobrecimento da Região, permitir a fixação dos jovens e gerar mais emprego qualificado e melhor remunerado são as pretensões do PS quanto a políticas públicas. O presidente do PS-Madeira, numa conferência de imprensa junto à Universidade da Madeira, deu conta do “falhanço total das políticas públicas que têm vindo a ser seguidas” pelo Governo Regional, apontando os problemas concretos do desemprego jovem e da habitação.

Na ocasião, referiu-se a um relatório tornado público esta semana relativo ao Programa Operacional 14-20, que indica que os fundos comunitários permitiram reduzir o desemprego jovem em 30%. Sérgio Gonçalves referiu que tal “é demonstrativo que ao longo das últimas décadas houve incapacidade de resolver as questões relacionadas com o emprego e com o rendimento médio, não apenas dos jovens, mas de todos os madeirenses”, sendo que “só com fundos comunitários é que se conseguem esbater estas dificuldades”.

Além disso, fez questão de salientar que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o maior projecto está relacionado com o reforço de habitação a custos controlados.  “Nós temos uma Região onde, passadas mais de quatro décadas de governação do PSD, os jovens ou não têm emprego, ou aqueles que conseguem ter um emprego têm um rendimento médio tão baixo que não lhes permite ter uma habitação”, constatou, frisando que “é necessário ter políticas públicas que invertam este ciclo de empobrecimento da Região, que possam permitir fixar talento, fixar os nossos jovens e gerar mais emprego qualificado e melhores remunerações”.

A resolução desta situação, segundo Sérgio Gonçalves, passa por uma aposta na transição digital. “Olhando ao PRR, vemos que outro dos grandes projetos, com 114 milhões de euros, é a transição digital na Administração Pública regional. Não há um único euro para a transição digital das empresas, que permitiria desenvolver outras actividades, diversificar a nossa economia e criar mais oportunidades, emprego qualificado e melhor remunerado, para que não tivéssemos nem este nível de desemprego jovem, nem a necessidade de apoiar a habitação aos nossos jovens, porque, caso contrário, não conseguem efectivamente constituir família e ter a sua primeira habitação”, concluiu.