A Guerra Mundo

Guerra já fez pelo menos 1.276 mortos e 1.981 feridos civis

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FOTO EPA/ATEF SAFADI

A invasão russa da Ucrânia já fez pelo menos 1.276 mortos e 1.981 feridos entre a população civil, a maioria dos quais vítimas de armamento explosivo de grande impacto, indicou hoje a ONU.

No seu relatório diário de vítimas civis confirmadas desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de quinta-feira (hora local), 115 crianças entre os mortos e 160 entre os feridos.

A Alto-Comissariado da ONU acredita que estes dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques constantes não permitem recolher e confirmar a informação.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com um amplo raio de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de 'rockets' e ataques aéreos e de mísseis", refere ainda o ACNUDH.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 37.º dia, causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 4,1 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e "desmilitarizar" a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.