Madeira

Trabalhadores do Aeroporto Internacional da Madeira realizam esta sexta-feira uma concentração e greve

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Para já dezena e meia dos cerca de 190 trabalhadores da Vinci na Madeira e Porto Santo concentram-se no exterior da gare das Partidas empunhando tarja com a seguinte inscrição 'Trabalhadores ANA exigem reposição das contribuições para o fundo de pensões, fim da denúncia do acordo de empresa e uma actualização salarial digna'.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA Madeira) explica que, a greve, com a duração de uma hora, - das 12 às 13 horas -, pretende mostrar o descontentamento dos trabalhadores para com "as políticas anti-sociais" da ANA/Vinci.

Em causa está a "inaceitável decisão de suspender as contribuições para o Fundo de Pensões e a decisão de denunciar o Acordo de Empresa". O sindicato reivindica ainda a actualização da tabela salarial "que devolva alguma dignidade aos trabalhadores".

Esta paralisação de apenas uma hora “é uma demonstração. O objectivo do SITAVA nunca foi prejudicar os passageiros”, assegura Vítor Martins, coordenador do SITAVA na Madeira. Diz mesmo que esta acção agendada para este início de tarde “é uma chamada de atenção para dizer que os trabalhadores não estão contentes, estão desiludidos com a empresa”. Sobre os pontos reivindicados, a reclamada reposição das contribuições para o fundo de pensões resulta que a ANA/Vinci “desde Novembro de 2021 deixou de comparticipar para o Fundo de Pensões” medida que apanhou os trabalhadores desprevenidos, mais ainda vinda de uma “empresa que apesar da crise, teve lucros”. Aliás, “já conseguiu repor todo o investimento feito na altura do governo de Passos Coelho” pelo que “também achamos que não havia lógica nenhuma”. Mais ainda quando 98% dos trabalhadores descontaram 20% por solicitação da empresa.

Sobre a denúncia do acordo de empresa, faz notar que o mesmo “deu mil milhões de lucros à empresa” e que agora a nova “proposta que estão a apresentar é a retirada de alguns direitos”, nomeadamente nas clausulas que envolvem dinheiro “para penalizarem os trabalhadores”.

Quanto ao reivindicado salário digno, lembra que “a inflacção este ano já anda a rondar os 4 a 5% e a empresa vem com 1% de aumento” e ainda “recusa-se também a aumentar o subsídio de alimentação”.

A manifestação e greve decorrem nos aeroportos nacionais detidos pela ANA/Vinci.