OMS adverte que redução de testagem impede ver como vírus está a evoluir
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu hoje que a redução acentuada da testagem à covid-19 em vários países impede de ver como o coronavírus SARS-CoV-2 está a circular e a evoluir.
"A OMS está preocupada com o facto de vários países estarem a reduzir drasticamente os testes. Tal inibe a nossa capacidade de ver onde o vírus está, como se está a espalhar e como está a evoluir", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Segundo Ghebreyesus, que falava numa videoconferência de imprensa, na sede da organização, em Genebra, Suíça, os testes à covid-19 "continuam a ser uma ferramenta vital na luta contra a pandemia, como parte de uma estratégia abrangente".
Para facilitar o acesso à testagem, a OMS recomenda que os autotestes sejam gratuitos.
O dirigente da OMS reiterou que a pandemia da covid-19 "está longe de acabar", e "não acabará em nenhum lugar até que acabe em todos os lugares". Apesar de as mortes e infeções "estarem a diminuir globalmente", em muitos países na Ásia e no Pacífico há "surtos de casos e óbitos", alertou.
A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência noticiosa AFP.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 21.267 pessoas e foram contabilizados 3.367.469 casos de infeção, de acordo com dados atualizados da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19, declarada pela OMS como uma pandemia em 11 de março de 2020, é uma doença respiratória provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.