"Inércia" da Câmara do Funchal "prejudica as populações", diz CDU
As queixas e lamentos que a CDU ouviu da população da freguesia de São Gonçalo, no âmbito de uma acção realizada na tarde desta quarta-feira e que terminou no Lombo da Quinta, levam os comunistas a acusarem a Câmara do Funchal de "falta de respeito pelas populações", que aguardam pela "concretização de promessas antigas e o acesso há tantos anos prometido".
Na ocasião, Herlanda Amado referia que "depois de anos a prometer a concretização de uma acessibilidade fundamental para quem aqui reside, promessas que têm sido partilhadas pelos vários executivos que têm estado 'à vez' na Câmara Municipal, a verdade é que apesar desta obra parecer estar no modo 'repeat' ou 'copy paste' ficando consagrada nos vários Orçamentos e Planos, a obra custa a sair do papel. O PSD-CDS e a maioria do PS, foram prometendo e criando a ilusão de que a obra arrancaria 'em breve' a verdade é que as populações desesperam por uma acessibilidade que lhes garanta mais segurança".
A deputada municipal eleita pela CDU salienta que "o Funchal não é o Concelho com o desenvolvimento territorial apregoado, entre o centro urbano e as zonas periféricas", já que entende que esta imagem "tem vindo a ser desmontada com as várias iniciativas como as que a CDU tem vindo a denunciar".
E volta a dar o exemplo dos moradores da Vereda do Lombo da Quinta, "que esperam e desesperam pelo prometido arranque da obra de alargamento desta Vereda". E embora a obra não arranque, "as populações continuam mobilizadas e durante anos consecutivos foram às sessões públicas da Câmara Municipal e questionaram directamente o executivo camarário, mas teimosamente por inércia ou incompetência política, não sai do papel".
Neste jogo das falsas promessas, os prejudicados são os mesmos de sempre, as pessoas que aqui vivem, mas apesar de cansadas da postura inaceitável da Autarquia continuam a exigir que sejam tomadas medidas urgentes de intervenção nesta localidade, para permitir por exemplo, que os meios de socorro possam acudir as pessoas em caso de emergência, missão tantas vezes dificultada pela falta de condições dos acessos circundantes. Quanto mais tempo terão as pessoas que aguardar para ter direito a uma estrada com condições de segurança? Quanto mais tempo terão que aguardar para que as suas justas e longas reivindicações sejam concretizadas pela Câmara do Funchal? Herlanda Amado, CDU
Para Herlanda Amado, "esta é uma postura inaceitável e reprovável deste executivo camarário", apelando "à mobilização das pessoas para que continuem a exercer pressão sobre a Câmara", sobretudo porque, segundo diz, as verbas para esta obra estão consagradas no Orçamento municipal.
