Milhares de civis conseguiram fugir de Sumy
Milhares de civis conseguiram fugir da cidade ucraniana de Sumy, para onde Moscovo prometeu nova trégua hoje, quase duas semanas após a invasão russa do país, que já causou centenas de mortos e milhões de desalojados.
Mais de 5.000 pessoas foram retiradas até agora de Sumy, localizada a 350 quilómetros a nordeste de Kiev, disseram as autoridades ucranianas, citadas pelos 'media' locais.
As autoridades ucranianas tinham anunciado o estabelecimento de um corredor humanitário na terça-feira de manhã para retirar civis de Sumy, uma cidade de mais de 250.000 habitantes situada perto da fronteira russa e palco de violentos combates durante vários dias.
A abertura de corredores humanitários hoje, contudo, não impediu o exército de bombardear a pequena cidade de Malyn, na região de Jitomir, a oeste de Kiev, na terça-feira à noite, onde cinco pessoas, incluindo dois bebés nascidos no ano passado, morreram depois de sete casas terem sido destruídas.
As evacuações continuavam também na região de Kiev, apesar dos tiroteios nos corredores humanitários, indicou o chefe da administração local, Oleksiy Kouleba.
Kiev e os seus três milhões de habitantes estão isolados do resto do país por três lados: os combates assolam os subúrbios do norte e oeste, e as estradas para leste estão bloqueadas por tanques e campos de minas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.