Assistentes sociais criam plataforma de apoio psicossocial para refugiados
Um grupo de assistentes sociais criou uma plataforma de apoio psicossocial paras as pessoas refugiadas vindas da Ucrânia e para os voluntários que se disponibilizaram para ajudar estas pessoas.
De acordo com a informação do comunicado enviado à agência Lusa, a plataforma integra assistentes sociais de todo o país, que intervêm nos diversos setores e instituições de áreas de atuação especializada, tais como a segurança social, saúde, educação e ensino superior, infraestruturas e habitação, justiça, autarquias, instituições sociais e empresas.
A plataforma é constituída por assistentes sociais de todo o país que se voluntariaram para apoiar as pessoas vindas da guerra na Ucrânia, "provenientes do cenário de guerra e de crise, em situação de vulnerabilidade social".
A iniciativa é justificada com o facto de "os princípios de justiça social, dos direitos humanos, da responsabilidade coletiva e do respeito pela diversidade [serem] centrais ao Serviço Social".
"Os serviços disponibilizados serão prestados por profissionais qualificados (na área do Serviço Social), e especializados no apoio psicossocial e de advocacia social, designadamente, na informação/aconselhamento sobre direitos sociais e humanos e de orientação para serviços de apoio existentes na comunidade", lê-se no comunicado.
Estão também previstos o "encaminhamento/mediação na articulação com as diversas respostas institucionais da rede social e de esclarecimento de dúvidas e dar orientações adequadas e de forma célere na procura de respostas às necessidades identificadas".
A plataforma conta já com cerca de meia centena de assistentes sociais e o atendimento e triagem das situações pode ser feito através do correio eletrónico ou da linha telefónica 919 417 575, que funciona das 10h às 18h.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.