Albuquerque é um Estadista
No discurso de encerramento do Congresso do PSD Madeira, Miguel Albuquerque demonstrou uma vez mais que é uma figura de Estado e que faz a diferença. Começou por fugir às tentações, apagou alguns egos e, com grande verticalidade, agarrou a coligação, que muitos tentam desagregar, talvez temendo a perda de protagonismo.
Depois, igual a si mesmo, o Presidente do Governo Regional optou pelo sentido de Estado e, em vez de se colocar em bicos de pés, apontou um caminho para o futuro, dando corpo a uma das mais célebres de Francisco Sá Carneiro: "Primeiro está Portugal, a seguir o partido e só depois as circunstâncias pessoais de cada um".
Na mensagem que transmitiu, sem consideração a eventuais benefícios eleitorais, Miguel Albuquerque revelou coragem de transformar as palavras discursivas em atos políticos que não estão ao alcance nem sequer à compreensão de qualquer um, com compromissos sérios e honestos, com base na economia digital, que ajudará a suprimir a ultraperiferia.
Miguel Albuquerque mostrou a quem pensa que o PSD deve cavalgar as ondas da irresponsabilidade para se manter no poder a qualquer preço que o caminho é totalmente diferente, que é preciso andar no terreno, com olhos bem abertos e ouvidos prontos a escutar o que pensa o eleitorado. “Estamos a governar para o bem das pessoas”, lembrou, para que todos saibam que o poder é efémero quando nos esquecemos do povo.
O Presidente do governo abriu ainda a porta ao diálogo com o Primeiro-ministro, sem interferências de socialistas locais. Deixou claro, e bem, que não quer pombos correio, que levem e tragam notícias de António Costa. Exige falar olhos nos olhos sobre assuntos que nos dizem respeito e que são fundamentais para a firmação da autonomia e da unidade nacional, num mundo cada vez mais global que obriga a uma maior solidariedade do Estado. Gostei de tudo o que ouvi. Foi uma lufada de ar fresco e bem necessária para a nossa região.
Jesus Camacho