A Guerra Mundo

Israel dialoga com Putin e Zelensky em mais uma tentativa de mediação

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Foto EPA

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, dialogou hoje com os presidentes da Rússia e da Ucrânia, em mais uma tentativa de mediar o conflito bélico que decorre em território ucraniano.

Segundo a agência Efe, que cita a agência russa Interfax, Naftali Bennett ligou a Vladimir Putin para abordar os contornos da ofensiva militar que os russos têm em marcha na Ucrânia e que alegam servir para proteger a zona ucraniana do Donbass.

"Putin partilhou as suas considerações sobre o resultado da terceira ronda de negociações, entre uma comitiva russa e representantes das autoridades ucranianas, que teve lugar na Bielorrússia", adianta uma nota da Presidência da Rússia.

Segundo a mesma informação, Putin e Naftali Bennett acordaram continuar a dialogar sobre estas questões.

Entretanto, o primeiro-ministro de Israel conversou hoje também com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, segundo deu conta o chefe de Estado ucraniano numa publicação feita no Twitter, agradecendo os esforços de Israel na mediação do conflito.

Israel, que mantém relações estreitas com ambos os países, uma vez que necessita da Rússia para lidar com a Síria, é um dos poucos países com comunicação direta com os dois líderes políticos.

O primeiro-ministro de Israel foi o primeiro líder estrangeiro a reunir-se pessoalmente com Putin depois do início da invasão russa da Ucrânia.

O Governo ucraniano tinha apelado abertamente a Israel que mediasse o conflito, uma vez que duvida da eficácia das negociações com a Rússia.

Nesse âmbito, Israel já manteve também conversações com a França e com os Estados Unidos.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.