Austrália anuncia novas sanções que visam militares e membros da propaganda russa
A Austrália anunciou hoje novas sanções que visam seis altos comandantes militares russos e dez membros do aparelho de propaganda de Moscovo na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, afirmou que o país vai impor sanções financeiras e uma proibição de viagem a seis oficiais superiores responsáveis pelos ataques à Ucrânia, em conformidade com as medidas tomadas por aliados como os Estados Unidos e os países da União Europeia.
Payne salientou que a invasão "não provocada e injustificada" da Ucrânia foi acompanhada por uma "campanha de desinformação generalizada na Rússia e internacionalmente", ao mesmo tempo que o Presidente russo, Vladimir Putin, silenciou vozes independentes para manter os seus compatriotas num "mundo caracterizado por mentiras".
A Austrália decidiu, por isso, impor sanções contra dez responsáveis ligados ao aparelho de propaganda do Kremlin, que tem divulgado "falsas narrativas" sobre a guerra na Ucrânia.
Além disso, o Governo de Camberra está a encetar esforços para que o Facebook, Twitter e Google bloqueiem informação ligada à propaganda russa, depois de já terem sido suspensos os canais Russia Today e NTV, acrescentou a chefe da diplomacia australiana.
A Austrália, que enviou ajuda letal e humanitária à Ucrânia, já impôs sanções contra 21 instituições financeiras, incluindo 11 bancos russos, e proibiu a viagem de quase 400 pessoas, incluindo o Presidente Putin e outros altos funcionários e oligarcas russos, bem como membros do executivo e das forças armadas bielorrussas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.