Boa Noite

“Dar o litro” no PSD-M é uma ‘mini’ no CDS

No congresso 'laranja' parceiros de coligação levaram pela medida grande

Boa noite!

Afinal, na coligação PSD-CDS, todos dão o litro. No congresso do PSD-M do último fim-de-semana, Carlos Teles garantiu que não faz por menos. Pedro Coelho mandou alguém avisar o CDS para trabalhar mais. Rui Barreto não se poupou e assegura máxima entrega ao projecto que Albuquerque disse ter sido concebido em 20 minutos, mas que foi mais demorado.

Sobre a entrega e a forma como uns e outros tratam da manutenção do poder, garantidamente não há entendimento comum.

Para os social-democratas que desafiaram os centristas a fazer mais e melhor em termos políticos,  sobretudo em tempo de campanha, a unidade de medida implica sacrifício, suor, sujar as mãos e ouvir o povo.

“Todos temos de arregaçar as mangas e calçar as sapatilhas”, declarou Nuno Maciel que é deputado na ALM e vereador sem pelouro na Calheta, o único que usou da palavra a ser citado e por duas vezes por Miguel Albuquerque no discurso de encerramento do congresso ‘laranja’.

Para o CDS basta fazer os mínimos, até porque a renovação da coligação está assegurada, em moldes satisfatórios para quem não sabe quanto vale no todo regional, mas pressente que corre risco de desaparecer. Mas também porque quase todos os hipotéticos quadros centristas têm cargos. E se não têm, inventa-se. Na hora. Daí que neste ciclo de pleno emprego,  impere a lógica da transpiração quanto baste, pois o litro centrista é assumidamente uma ‘mini’.

E a alusão à cerveja não é favor a Miguel de Sousa. Foi pena que não tenha incluído no seu discurso desconcertante a sua teoria sobre a coligação. Resta a consolação de ter confidenciado ao DIÁRIO que também notado pouco esforço centrista: “O que se vê são os senhores do CDS que vão passeando, vão aparecendo de manga arregaçada e sem o casaco, mas trabalho político é pouco”.

Não fora o litro, nada de dissonante haveria num congresso para picar o ponto e evitar azedumes, durante o qual reinou a unanimidade e a aclamação, mas também as estratégias sobrepostas e as inevitáveis contradições, matérias que exploraremos um dia destes.