Ataques russos intensificam-se e interrompem planos de retirada de civis das cidades
As forças russas intensificaram esta noite os bombardeamentos de cidades do centro, norte e sul da Ucrânia, indicou o conselheiro presidencial Oleksiy Arestovich.
"A última vaga de ataques com mísseis ocorreu assim que caiu a noite", declarou o responsável na televisão ucraniana.
Segundo Arestovich, as áreas que foram fortemente bombardeadas incluem os arredores de Kiev, Chernihiv no norte, Mykolaiv no sul e Kharkiv, a segunda maior cidade do país.
As autoridades de Kharkiv indicaram que os bombardeamentos danificaram a torre da televisão e que a artilharia pesada estava a atingir zonas residenciais. Arestovich disse que a cidade estava a defender-se de um ataque russo.
Em Chernihiv, responsáveis afirmaram que todas as zonas da cidade se encontravam sob o ataque de mísseis.
O conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu uma situação "catastrófica" nos bairros de Busha, Hostomel e Irpin, nos subúrbios de Kiev, acrescentando que os esforços hoje feitos para retirar civis falharam e que o Governo está a fazer tudo para retomar as retiradas de civis dessas áreas.
As retiradas da população civil de Mariupol, no sul, e de Volnovakha, no leste, também fracassaram por causa dos bombardeamentos, indicou o responsável.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques causaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e financeiras a Moscovo.