"Bem estaria o país se tivéssemos muitos líderes" como Albuquerque
"Portugal tem um exemplo, na Madeira, como se pode fazer um país diferente, basta copiar", afirmou Rui Rio que, logo no início da sua intervenção, pediu uma ovação para Miguel Albuquerque pelo discurso que acabara de proferir.
"Tinha saudades de ouvir uma intervenção desta qualidade, como não ouvia há muito tempo", afirmou.
O líder nacional do PSD elogia o facto de a Madeira ter "um governo que sabe o que está a fazer e sabe para onde caminha".
"Bem estaria o país se tivéssemos muitos líderes como Miguel Albuquerque", conclui.
Rui Rio abordou as últimas eleições legislativas que foram uma "dupla derrota para o PSD", que perdeu as eleições e viu o PS conquistar a maioria absoluta.
A "rejeição", garante, não terá sido ao PSD, mas o receio de "trazer para a governação" o Chega e a Iniciativa Liberal, embora, no primeiro caso, o PSD tivesse garantido que isso nunca aconteceria. Por outro lado, há uma grande parte da população dependente de subsídios que está mais próxima do PS.
As "promessas fáceis do PS" foram outra razão para a conquista de votos, "independentemente de isso significar atraso para o país".
Uma última razão para a derrota foi "o PS deturpar" o programa do PSD", espalhando "mentiras" como a privatização da saúde ou não aceitar o aumento do salário mínimo. "Mentira não é uma forma correcta de arranjar votos".
O futuro do sistema partidário, diz, é o risco da "degradação do regime, da democracia".
Conferir mais credibilidade ao sistema é o que defende, com o risco de que, se tal não acontecer, a extrema-direita crescer.
"A estratégia do país tem de ser ter a coragem de reformar tudo aquilo que está enquistado e resulta de quase 50 anos de um sistema que não teve coragem de se regenerar."
Para o PSD, a solução é "continuar social-democrata" e captar o voto dos que estão descontentes.