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Portugal vai oferecer navio para ligar a capital da Guiné-Bissau às ilhas Bijagós

O Primeiro-Ministro esteve de visita à Guiné-Bissau.   Foto ANTÓNIO AMARAL/LUSA
O Primeiro-Ministro esteve de visita à Guiné-Bissau.   Foto ANTÓNIO AMARAL/LUSA

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, anunciou hoje em Bissau que Portugal vai oferecer à Guiné-Bissau um navio que fará a ligação fluvial entre a capital e as ilhas Bijagós.

O ministro português, que integra a comitiva do primeiro-ministro, António Costa, que realiza uma visita de 24 horas a Bissau, disse que, "sem ser otimista", o navio deverá estar na Guiné-Bissau "até final do próximo ano".

João Pedro Matos Fernandes falou à Lusa à margem de um encontro que o primeiro-ministro português manteve com a comunidade portuguesa na embaixada do país na capital guineense.

Portugal vai recuperar e colocar a disposição da Guiné-Bissau o navio Eborense, num investimento que o ministro João Pedro Matos Fernandes estima poder chegar a 1,5 milhões de euros, entre a manutenção da embarcação, a formação de cinco tripulantes guineenses e o seu transporte até Bissau.

"É um navio que para já vai ter de levar alguém do Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau a Portugal para que nos dê indicações sobre como é que o navio será recuperado. O navio ainda está em uso, está agora a deixar de ser usado e tem de ser recuperado", declarou o governante português.

A ligação marítima entre a zona continental e as cerca de 90 ilhas e ilhéus da Guiné-Bissau tem sido um dos problemas de comunicação no país, com as autoridades a serem sempre confrontadas pela população, nomeadamente os habitantes do arquipélago dos Bijagós.

Ainda no âmbito do Fundo Ambiental, o ministro do Ambiente e da Ação Climática adiantou que Portugal vai apoiar a Guiné-Bissau com cerca de 2,5 milhões de euros para um projeto de recuperação de dunas e 'mangais' nos Bijagós.

O projeto, que pode durar até quatro anos, vai ser executado por entidades portuguesas, mas com o envolvimento das comunidades locais, visando a recuperação do património natural do Bijagós e desta forma permitir que as ilhas sejam utilizadas dentro de regras aceitáveis do turismo, assinalou o governante português.